Literatura: A VIOLÊNCIA COMO FENÔMENO HISTÓRICO

Literatura

Por Alberto Rostand Lanverly - Presidente da Academia Alagoana de Letras

Outro dia encontrei Jesualdo e conversamos sobre os acontecimentos da pandemia e a atração pelo sinistro que tem cercado as pessoas nesse período de isolamento.

Ao concluirmos ser o comportamento histórico da ferocidade um dos fenômenos que atormentam a humanidade, Jesualdo poetizou: - A corrente impetuosa é dita furiosa, mas o leito do rio que a contem ninguém chama de violento.

E foi mais adiante, falando que a violência sempre existiu, e ele próprio sentiu na pele tal fato, principalmente no período em que exerceu a titularidade de uma das delegacias da capital alagoana e era tido como bruto por seus semelhantes.

A barra era pesada em dias de plantão, e o preso quando chegava para entrevista, levava logo boas bordoadas no pé do ouvido, para escutar melhor o que lhe era falado. Se fosse ladrão de joias ou residências, era colocado nu e de cabeça para baixo pendurado no teto da casa pelos dedões dos pés. Só deixava a posição circense quando confessava o furto, e se ficasse chateado era pior.

Foi a época, lembrou ele, em que surgiu em Maceió, um grupo cujos bandidos integrantes sequestravam, estupravam, faziam o mal generalizado, principalmente a pessoas do sexo feminino, chegando, ao ponto de, usando um alicate, esmagarem os mamilos de algumas, tendo por tais motivos recebido o apelido de “gang sádica”.

Todos sabiam que os praticantes do mal, eram pertencentes a classe média da capital e que abordavam suas vítimas em saídas de restaurantes, cinemas, reuniões e clubes sociais. A Polícia vivia louca para colocar as mãos nos meliantes, sem sucesso.

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