Idades antigas, dos tempos heroicos,
vento nas folhas, serra com cachimbo
e em cambalhotas perde-se no limbo.
Em Areias Brancas, Zezito, um estoico.
Logo vencida a batalha do Peloponeso,
Zezito escreve nas pedras sem alarde;
vem de volta Zezito à fazenda à tarde
oricurizeiros espalhados, quietos, ilesos.
Tempo de mormaço nas Areias Brancas,
nuvens de chuva vêm e a porteira tranca;
Zezito, na rede, e o pé de vento avança.
Zezito, eis a eloquência, Calíope lhe diz,
na Física Quântica o tempo é só um triz;
e o velho no alpendre antigo se balança.
O SONETO DA FAZENDA AREIAS BRANCAS
Outras Peças LiteráriasMarcello Ricardo 16/01/2017 - 11h 43min

Comentários