ACORDE O GOVERNADOR

Crônicas

Luiz Antonio de Farias, capiá

Capa do livro Acorde o Governador

Assisti, dias atrás, a um noticiário pela televisão sobre o lançamento do livro “Acorde o Governador”, de autoria do médico Dr. Cláudio Lacerda. A partir do título interessei-me pelo trabalho, entendendo que o assunto versava exclusivamente sobre o caso do transplante de fígado de uma criança alagoana. Sendo natural de Santana do Ipanema – radicado em Recife há 38 anos – a história aguçou a minha curiosidade por ser a protagonista uma conterrânea.

Diante do meu interesse, encarreguei minha filha Maria Luíza a adquirir um exemplar do livro, tendo ela comparecido ao lançamento, na Livraria Cultura do Shopping Rio Mar. Para minha alegria e satisfação, paralelamente à aquisição, ela conseguiu a dedicatória em meu nome, tendo tido o privilégio, a convite do escritor, de ser fotografada ao lado dele, um dos mais conceituados cirurgiões do país, na especialidade de transplante de fígado.

Recebido o livro dediquei-me a sua leitura e, para minha surpresa, pude observar que, além da história da paciente alagoana, havia a trajetória de um profissional de medicina bem sucedido, que tanto orgulha essa classe tão importante, na batalha em busca da preservação da saúde do ser humano.

Li, com afinco, todo conteúdo descrito e pude dimensionar de como num país tão carente – por conta do desinteresse dos nossos governantes – ainda existem profissionais com o nível de altruísmo que envolve pessoas da qualidade do Dr. Cláudio.

A lição por ele dada a um grupo de residentes e internos do Hospital das Clínicas de Pernambuco, quando eles recusaram dar atendimento a um paciente em situação terminal, sob o argumento de que “não era obrigação deles”, foi um exemplo a ser seguido por todos os especialistas da área da saúde. Chamou a minha atenção, também, o artigo inserido no livro sob o título “Que País é Este”, onde o profissional demonstra sua indignação sobre a situação estarrecedora pela qual passa a prevenção à saúde, em um país tão viável como o nosso. Todo conteúdo literário enaltece a grandiosidade da trajetória de uma carreira vitoriosa e responsável, que deveria ser adotada por todo profissional consciente.

Dentro do meu entendimento, acho que o livro sob comento é digno, para não dizer obrigatório, de fazer parte da mesa de cabeceira de todas as pessoas ligadas ao campo da medicina.

Concluída a leitura, veio à minha mente uma citação feita pelo meu querido mano Edgard – no prefácio ao meu trabalho “A Saga da Família Sorriso” – de uma frase do grande pensador Walt Whitmann: “Meu camarada este não é um livro. Quem toca nele, toca num homem”.

Vale a pena a leitura.

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