Fato interessante aconteceu comigo por ocasião das festividades de Senhora Santana, particularmente no I Torneio de Ximbra e Pião promovido pelo Portal Maltanet na Associação Atlética Banco do Brasil – AABB, em Santana do Ipanema. Após a chegada dos participantes e do público em geral, a alegria tomava conta de todos, pois, era um momento em que muitos filhos da terra, ausentes, se reencontravam selando a ocasião com abraços fraternais, muitos dos quais, entre lágrimas e sorrisos. As surpresas estavam por vir, todos queriam ver a habilidade dos participantes na modalidade Pião. Eu (Remi), João do Mato, Capiá, Sílvio Galindo, Cocada, Zé Luiz Modesto, Bibi di Santana e Paulinho Azevedo, concorríamos à taça de campeão. No entanto, a esperteza e a habilidade na competição ficaram por conta de Capiá que driblando as normas do torneio, conseguiu convencer a todos sobre o uso da deita. Com seus dois piões envernizados parecendo duas carrapetas "baratadas" bem tratadas, semelhantes a menino tolo criado por avós, despertou a atenção de todos para uma bicorada que infelizmente não tivemos o bel prazer.
Entetanto, o que levou-me a escrever tal história foi o presente inesperado que ganhei do meu amigo Sílvio Galindo, o Sílvio de Jandira. Encontramos-nos na entrada da AABB quando nos cumprimentamos com um afetuoso abraço, no momento em que me presenteou com uma garrafa da caninha orgânica "Volúpia" e um "Ovo de Avestruz". Achando interessante àquela dádiva do amigo, carinhosamente o agradeci ao mesmo tempo em que a guardei na mala do carro. Ora, em meio às empolgações do torneio, os participantes e o público presente numa forma simples e amiga de nos prestigiar, esqueci o "Ovo". A temperatura no interior da mala do carro não poupou a deteriorização do amável presente. Dois dias depois o mau cheiro tomou conta do veículo, o qual de início não me levou a suspeitar do temível "Ovo de Avestruz". Dei carona algumas vezes ao nosso amigo Menininho (Seu Brito) e nas minhas hipóteses atribui ao mesmo o responsável por aquele odor desagradável. ___ "Puxa Menininho, o Ivan dentista está lhe pagando com cebola e bofe". E acrescentei: " A polícia proíbe andar armado, mas, pedir licença pra cagar, não". Por duas vezes parei o carro na Ponte do Urubu e falei para o amigo: "Caga-Raiva", o lugar aqui é propício, vai, desce o aterro e despeja essa "latrina" que está carregando na barriga, não agüento mais. Seu Brito ainda estranho, inocentemente respondeu: "O que bobônica eu vou cagar debaixo da Ponte do Urubu, por acaso eu tenho cara de rato ou de "urubéia"? Foi aí que me lembrei do "Ovo". Dei algumas gargalhadas e, em seguida verifiquei a mala do carro. Lá estava o cúmplice impregnando tudo com o seu fedor. Nesse momento Menininho disse, eu agora prefiro ir a pés do que andar nesse carro cagão. Eu com o "Ovo" na mão pesando mais de meio quilo, falei para o ofendido, toma esse presente, já que nunca lhe dei nada, é seu. E o coitado do amigo se mandou pelo aterro do padre bufando de raiva carregando na roupa o estrato do "Ovo de Avestruz". Depois eu soube que Menininho ao entrar em casa foi interditado pela mulher na sala que lhe fez a seguinte pergunta: "Ou Britinho, você está com bosta no bolso ou veio de algum galinheiro? ....... Sílvio o seu presente sem maldade me serviu para relatar mais uma "História Engraçada", assim como engraçado sempre foram os nossos momentos.
Aracaju,05/08/200
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