Folheando outro dia um dos classificados da Telemar. Na parte introdutória, encontrei, além de lindas (e bem produzidas) fotos das praias alagoanas, uma referência sobre a origem do nome da capital do nosso querido estado das Alagoas: Abre aspas “Os índios tupis, maravilhados com os fenômenos da natureza que aqui ocorriam, passaram a chamar o local de “MAÇAYÓ” ou “MACEIÓ-OK” que significa “o que tapa o alagadiço”. E assim surgiu o nome Maceió. A cidade teve sua origem em um antigo engenho de açúcar por volta do século XVIII. Maceió passou depois a exportar fumo, coco, couro e especiarias. Em 1915 tornou-se Vila e em 1839 já era a capital da província das Alagoas(...)” Fecha aspas. O que passo a comentar agora, refere-se justamente a isso: A origem de determinados nomes, e de como a diversidade cultural está intimamente relacionada a essas criações. E de como as diversas vertentes culturais contribuem para enriquecer, ainda mais o nosso folclore. A palavra forró por exemplo, a maioria de nós, aprendeu na escola que ela originou-se do inglês. For = para; or (ó) = todos. Festa popular onde todos, (leia-se aqui: o povão) teria acesso irrestrito. Hoje já há quem conteste essa versão para a origem do termo forró. A palavra seria nada mais que uma onomatopéia, ou a personificação do som produzido pelo fole da sanfona: forró-fó-fó. Há ainda quem acrescente aí uma informação nova: Teria sido um repórter britânico (da BBC londrina) que teria vindo ao sertão para fazer a Biografia de Lampião e criou o termo ao se referir aos “réla-bucho” ao som da concertina. Se se trata apenas de folclore, ótimo! Pois folclore é justamente isso, sabedoria popular, o que vem do povo. Pra concluir meu raciocínio volto a falar sobre a origem do nome da capital, do nosso estado. Ainda pequeno, eu ouvi diversas vezes minha mãe contar, e isso ela contava porque já ouvira de seus avós, que o nome Maceió nasceu assim: Havia uma tribo de índios advinda do interior dos sertões que resolvera ocupar a região dos mangues. E chegaram a praia. Ao procurar um lugar para sentar e assim poder descansar, um índio, achou de sentar-se justamente sobre um cesto, feito de vime (varas flexível tirada do vimeiro), que na língua tupi era chamado de Ayó. Outro índio enciumado, pois o Ayó lhe pertencia, repreende o índio sentado no cesto : - ‘Massa Ayó! Querendo com isso dizer para o outro, que ele estava “amassando” o seu Ayó. E a expressão ficou. Lugar do Massayó. Ao que concluímos que de Massayó para Maceió trata-se tão somente da questão de aportuguesar a expressão original do linguajar tupi.
S. Ipanema- AL Outubro/2006
Crônica publicada em 02/01/2007
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