Bela tarde de sábado, se fazia. A última que passou, [09/09]. Tão plenamente vivida por este que vos fala. Refizemos o caminho do rio, à busca de cura. Cura para os males físicos, da mente, quiçá espirituais. Era uma tarde maravilhosa, de um céu azul, salpicado de nuvens brancas. O barranco coberto de arbustos a relva fresca acariciava minha alma. A água salobra tão fria, calada, carregada de lembranças.
De repente, uma voz trouxe-me a realidade, um homem, do nada apareceu. Perguntou-me se ia pescar. Não. Estou procurando uma planta, que serve de remédio. Respondi. Então Seu José, era esse o nome do homem, de meia idade, fala mansa, vestes surradas, chapéu de palha na cabeça. Disse conhecer todo tipo de erva medicinal. E passou a apontar cada vegetal ao nosso redor, dizendo as curas que podiam trazer à saúde humana. A raspa do tronco da Craibeira, bom para problemas de estômago, constipação, corrimento de mulher. Mas tinha que tirar cedinho antes do nascer do sol. A raspa do tronco do Mulungu para problemas nos rins, dor na coluna, porém era preciso tirar a raspa do lado que fica virado pro sol nascente. A Jurema, o Capim limão, a “Berduega” (beldroega). Disse as particularidades de cada uma, e as mazelas da carne que podiam curar.
A minha mente divagou sobre uma frase, encontrada perambulando pelas redes sociais da vida: “Deus quando quis criar as plantas conversou com a terra; quando quis criar os peixes conversou com o mar; quando quis criar o homem, olhou para si mesmo.” E pensei: é, olhou para si mesmo. No entanto usou o barro da terra para nos moldar. Algo bem forte nos une, o que dela brota. Somos na linha de criação “A Crista”, o que veio do Cristo.
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Colunistas: A CARNE, A CRISTA E O COICE
LiteraturaPor Fábio Soares Campos 12/09/2023 - 23h 45min Acervo do Autor

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