Otimismo sempre foi a praia de Jesualdo, e apesar de não ser possuidor de uma compleição física das melhores, ele se achava bonito. Casou mas nunca perdeu o charme.
Era final de tarde, vinha realizando o meu habitual exercício diário, quando ao passar bem próximo aos dizeres, “eu amo Maceió” na Pajuçara, escutei alguém chamar meu nome. Olhei rapidamente e vi Jesualdo, com uma feição que nem de longe combinava com a sua permanente altivez, seu jeito de “Don Juan”.
Rapidamente lhe perguntei o que estava a fazer ali? Estou aqui apreciando o movimento, respondeu ele. Lhe questionando o motivo de tamanho baixo astral, ele afirmou estar ali, já há quase sessenta minutos, e para sua tristeza, quando passa uma garotinha fala como ela e todas respondem:- Boa tarde, como vai o senhor. Indagando qual o problema, ele respondeu não aceitar ser tratado tão respeitosamente.
Tentei minimizar o seu sentimento, afirmando tal fato também acontecer comigo, por somente quase me chamarem de senhor. E fui mais longe recomendando que a partir de agora nessas situações ele começasse a ser norteado pela cabeça pensante. Dá menos problemas e fica bem mais barato.
Foi quando Jesualdo confidenciou que estava com um problemas serio em casa, apesar de acreditar estar quase contornado. Imediatamente ele começou a me contar:
Sabe Rostand, Gerusa minha esposa é uma figura fantástica, sempre nos demos muito bem, mas para mim, já na casa dos sessenta, mulher nova é a fonte da juventude.
Clique Aqui e veja a crônica completa
Literatura: LAMPEJOS DE DON JUAN
LiteraturaPor Alberto Rostand Lanverly - Presidente da Academia Alagoana de Letras 25/10/2021 - 11h 08min https://cinemaclassico.com/curiosidades/algumas-curiosidades-diversas-sobre-hollywood/attachment/don-juan-alan-crosland-1926/

DonDon Juan – Alan Crosland – 1926
Comentários