Literatura: LAMPEJOS DE DON JUAN

Literatura

Por Alberto Rostand Lanverly - Presidente da Academia Alagoana de Letras

DonDon Juan – Alan Crosland – 1926

Otimismo sempre foi a praia de Jesualdo, e apesar de não ser possuidor de uma compleição física das melhores, ele se achava bonito. Casou mas nunca perdeu o charme.

Era final de tarde, vinha realizando o meu habitual exercício diário, quando ao passar bem próximo aos dizeres, “eu amo Maceió” na Pajuçara, escutei alguém chamar meu nome. Olhei rapidamente e vi Jesualdo, com uma feição que nem de longe combinava com a sua permanente altivez, seu jeito de “Don Juan”.

Rapidamente lhe perguntei o que estava a fazer ali? Estou aqui apreciando o movimento, respondeu ele. Lhe questionando o motivo de tamanho baixo astral, ele afirmou estar ali, já há quase sessenta minutos, e para sua tristeza, quando passa uma garotinha fala como ela e todas respondem:- Boa tarde, como vai o senhor. Indagando qual o problema, ele respondeu não aceitar ser tratado tão respeitosamente.

Tentei minimizar o seu sentimento, afirmando tal fato também acontecer comigo, por somente quase me chamarem de senhor. E fui mais longe recomendando que a partir de agora nessas situações ele começasse a ser norteado pela cabeça pensante. Dá menos problemas e fica bem mais barato.

Foi quando Jesualdo confidenciou que estava com um problemas serio em casa, apesar de acreditar estar quase contornado. Imediatamente ele começou a me contar:

Sabe Rostand, Gerusa minha esposa é uma figura fantástica, sempre nos demos muito bem, mas para mim, já na casa dos sessenta, mulher nova é a fonte da juventude.

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