Colunistas: VOCAÇÃO, ESCOLHA, APTIDÃO

Literatura

Por Djalma de Melo Carvalho

Quando se cogita de sacerdócio, de vida religiosa, logo vêm a nossa mente palavras como vocação, escolha, aptidão, sem as quais não se chega a seminário, à ordenação de padre.
Tenho a maluca mania de ler dois ou três livros ao mesmo tempo, debruçando-me, dessa maneira e por vezes, na leitura de um ou dois capítulos de cada autor. Assim vou diversificando a leitura de temas ou textos, lendo, calmamente, autores nacionais ou estrangeiros, sem correria, nem ansiedade. Mania mesmo, e nada mais que delicioso passatempo, sem nenhum sintoma de bravata literária ou de conversa de intelectual.
Às vezes, fujo dessa rotina, acelerando a leitura, quando se trata de livro de autor conhecido que me chega à mão, sobretudo o relacionado a relembranças, reminiscências ou memórias, minha seara predileta. Concluída a leitura, retorno às minhas veleidades literárias, costumeiras.
Agora mesmo, empenhado estou em ler três autores diferentes, relendo, entre os quais, Dom Casmurro, de Machado de Assis, clássico da literatura brasileira. Vejo, nos primeiros capítulos, a promessa que fizera D. Glória para levar o filho Bento ao seminário, para ser padre.
Bentinho, aos 15 anos de idade, que se criara ao lado da vizinha Capitu, de 14 anos, por ela apaixonou-se. Lindo caso de amor juvenil, enredo urdido com a perspicácia e o talento literário do grande romancista do passado.
Vê-se, daí por diante, a luta de Bentinho no sentido de convencer D. Glória, sua santa mãe, para não o levar ao seminário. Apela ele, nesse sentido, ao tio Cosme, à prima Justina e até mesmo ao agregado José Dias. Sonha com o Imperador a levar igual pleito à D. Glória, tal o desespero do adolescente apaixonado.

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