As tópicas freudianas e o mistério da Santíssima Trindade

Literatura

Por Fernando Soares Campos

As tópicas freudianas e o mistério da Santíssima Trindade  
por Fernando Soares Campos 

Nas primeiras décadas do século 20, Freud despertou para um fato até então desconhecido, concluiu que a mente humana (o psiquismo), apesar de vir a ser um ente imaterial, portanto, intangível, apresenta uma formação sistematizada, equivalente aos equipamentos de um “aparelho” ou de instrumentos físicos. Nesse caso, constituído basicamente pelos seguintes elementos estruturais: consciente, pré-consciente e inconsciente. Essa primeira divisão foi denominada Primeira Tópica. Aqui o emprego da palavra “tópica”, de origem grega (topikós), refere-se a “lugar”. No nosso vernáculo, trata-se de palavra derivada de “topografia”, empregada no sentido de especificar e descrever determinado lugar em certo espaço, seja real (concreto), subjetivo (abstrato, existente apenas na mente, imaginado), ou virtual (eletronicamente simulado).  

As partes correspondentes ao consciente e ao pré-consciente interagem permanentemente. São instâncias psíquicas que atuam juntas, de forma simbiótica, enquanto o indivíduo, acreditando que estaria assimilando uma realidade “coletiva” em tempo real, age de forma que pode gerar eventos memoráveis ou, pelo contrário, acontecimentos tidos como indignos, recalcáveis, cujos esforços para mantê-los afastados da dimensão “consciente” exigem o emprego de muita energia psíquica para afastar lembranças indesejáveis que insistentemente se fazem presentes na área dimensionada como consciente, provocando angustiante sensação de que aquilo está se realizando novamente, naquele exato momento da recordação.  

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