Ao tocar-lhe sentia tuas mãos frígidas e temia perder aquela pessoa intrépida, que me acostumei a desabafar; pedir ajudas e conselhos, encostar minha cabeça em seus ombros e derramar minhas lágrimas. Mas, preferi poupar-lhe de mais esta dor, não revelando minha preocupação. O medo de perder-lhe era tão imenso que podia sentir minh'alma entupir sem hesitar, enquanto retalhava. Tentei não cair em desespero, mesmo enquanto avistava teu sangue escorrendo por entre ruas vazias, a dor passará em breve e logo tudo isso acabará. Não vivemos apenas de felicidades, então, nos conformemos. As dores de apunhaladas nunca doerão tanto em corações alheios quanto doem no nosso. E o para sempre nunca acabará, só enquanto quisermos que ele permaneça.
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