A poesia se precipitou sobre mim,
e letras se juntaram brotando palavras, como num sonho que tive:
a flor que eu carregava, dava à luz florzinhas azuis lavanda, que caiam pelo caminho.
Meus versos, colhi-os com as mãos,
como outras flores sonhadas que me encheram os dedos de espinhos.
Tão depressa me espetaram, tão logo criaram raízes rombudas.
Doíam-me...
Arrancaram-se de mim pela metade.
As dores que me afligiam, a dos espinhos enraizados,
só me incomodavam as mãos.
Meu coração não.
Este aqui, batia direitinho: preservado e intacto.
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