A legislação brasileira que “disciplina” os jogos (loterias) no Brasil, no meu entendimento, é ilusiva, dúbia e polêmica, na medida em que proíbe que se instale casas de jogo, cassinos e caça níqueis, alegando que são jogos de azar que prejudicam a população, enquanto o próprio Governo implanta através da Caixa Econômica, casas lotéricas com múltiplas formas de apostas, cujos lucros beneficiam apenas o Governo e os poucos sorteados. Enquanto isso, milhares de brasileiros, até milhões ao viajarem para o exterior, procuram os cassinos para apostarem na sua sorte, satisfazendo seus desejos e curiosidades. Milhares de brasileiros freqüentam os cassinos do Paraguai, Uruguai e Argentina. Outros milhares vão para Las Vegas, Monte Carlo e até para Macau na China, constantemente, falando dos mais freqüentados. São milhões e milhões de dólares jogados no Exterior, sem nenhum retorno para o Brasil. Já ouvi muitas alegações de que “jogo de azar” é pecado e que não deve ser permitido no Brasil, aí, os brasileiros vão jogar noutros Países. Então, o que é pecado é o jogo ou jogar no Brasil?
Diante disto vejo como uma idéia objetiva e geradora de desenvolvimento, a criação de uma “nova Las Vegas” no Sertão Brasileiro, de preferência no Estado cuja região semi árida seja a mais intensa, com topografia suave, clima quente e de poucas chuvas, (Bahia ou Pernambuco, p/ex.), a exemplo do Estado de Nevada nos Estados Unidos, cujas temperaturas variam de 46° C no verão à 1°C no inverno e as chuvas giram em torno de 100 mm/ano. Porque numa região dessas? Para criar alternativas de desenvolvimento, incentivando o turismo e o próprio desenvolvimento tecnológico e industrial, como vem ocorrendo nos Estados de Nevada e Califórnia, principalmente.
Las Vegas está completando 110 anos de fundação, mas o seu boom de crescimento se iniciou na década de 1930 com a implantação dos primeiros cassinos e grandes e modernos hotéis (atribui-se a máfia e as organizações criminosas os grandes investimentos iniciais na época), assumindo o Governo Americano a implantação da infra estrutura regional, inclusive a construção de barragens e hidroelétricas, seguida de uma política eficiente e eficaz de combate ao crime organizado. Assim, Las Vegas tornou-se uma das cidades turísticas mais visitadas de todo o continente americano, com uma renda per capita de U$ 23.000. A população da cidade é da ordem de 600.000 habitantes e cerca de 2 milhões na região metropolitana, segundo as estatísticas, é a cidade que mais cresce nos Estados Unidos e além de ser uma região auto sustentável economicamente é uma das maiores contribuintes das receitas públicas.
Sempre achei que o Brasil deveria seguir o exemplo de Las Vegas, corrigindo algumas distorções, claro, mas como forma de expandir o nosso desenvolvimento para regiões carentes e de poucos recursos. Uma das saídas é a liberação dos “cassinos”, para a região pré estabelecida e programada, notadamente nas áreas ameaçadas de desertificação, como as mencionadas nos Estados vizinhos – PE e BA, principalmente.
Tenho acompanhado alguns parlamentares federais, entre eles o Senador Benedito de Lyra, sugerindo a liberação do “jogo do bicho”, como forma de aumentar a arrecadação de impostos. Acho que este é um momento favorável, mas, deve ser feito a partir de um plano sério, bem elaborado, no qual seja definida a criação de uma cidade numa área bem definida, cujos objetivos correspondam aos princípios que norteiam a dinamicidade de Las Vegas.Com isso estaremos criando um novo e excepcional pólo de desenvolvimento, integrando regiões carentes do Sertão semi árido brasileiro.
maas
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