Quando você descobre que as coisas que você sente dentro de você não fala sobre as outras pessoas e sim sobre você, as coisas ficam nítidas para o princípio da compreensão e talvez você comece a tentar sair da "caverna de Platão" ao descobrir que nunca foi sobre o outro, que era o tempo todo sobre você.
Vamos ver como isso se materializa na prática com a proposta de contribuir para o entendimento fluído de tal reflexão. Várias teorias da psicologia buscam explicar o que sentimos e como reagimos a esse sentimento, poderia ficar aqui dizendo a você como cada teoria pensa e aborda essa questão, dizer também como cada filosofia, ciência e técnica podem explicar as diversas formas de explicar o comportamento humano.
Mas, nem é essa a questão e nem esse o espaço que poderíamos chegar a profundidade de tal reflexão. Acredito que você já ouviu essa expressão do senso comum que diz "quando apontares o dedo para alguém, veja que tem mais quatro dedos apontando para você", na verdade esse dito pegou diversas variações e em minhas pesquisas não localizei autoria.
Então, tomo posse desse dito para espelhar a reflexão acima sobre o fato de que tudo que sentimos, somos nós que sentimos, então se o sentimento está em nós não posso dizer que a culpa é do outro porque fez ou deixou de fazer algo. O ambiente (diz grande parte das abordagens psicológicas) desencadeiam em nós tais sentimentos.
Isso que dizer que pode ser na família, no trabalho, com amigos, vizinhos ou seja, em qualquer espaço que esteja pode existir uma situação que desencadeie em mim um sentimento (raiva, tristeza, rancor, angústia, etc.), no entanto, cabe a mim tentar descobrir porque a reação -atuação daquela pessoa causou esse sentimento em mim. Por que despertou em mim tal reação? por que mudei meu comportamento?
A questão deve ser buscar descobrir porque o que o outro faz me deixa assim. Em grande parte dos casos, você vai precisar de ajuda especializada de um profissional para localizar a origem desse sentimento que sempre que alguém ou algo toca causa dor em você, por exemplo.
É necessário sempre se perguntar as motivações de tais sentimentos, para não ficarmos distribuindo culpa para alguém que nem sabe porque você age assim, mas isso é conversa para outro momento.
Quando sentir, pergunte sempre porque essa situação ou pessoa me faz sentir assim?
Nos veremos em breve, abraço
Luciene Amaral
@lucieneamaraldialogos
Comentários