Desde criança, num primeiro momento, de forma mais instintiva, em função da carência de conhecimento, na ânsia de “sobreviver”, aprendi a trabalhar sobre mim mesmo, explorando o meu próprio potencial. Uma das formas utilizadas foi a introspecção. Foi assim que “conheci” e fiz minha primeira amizade: eu mesmo.
Entrando no meu mundo interior, criei amizades, vivi aventuras que seria impossível de vivê-las no mundo real, ultrapassei espaço, tempo... viajei e ainda sou capaz de viajar ao passado e ao futuro... Fui hora amigo, hora inimigo de mim mesmo. Fui ator, coadjuvante, artista, bandido... Encontrei-me com o sobrenatural de uma forma que só eu poderia encontrá-lo; subjuguei-o.
Nesse processo cognitivo, forçado ou natural, erigi meu ser e suas múltiplas faces. Logicamente que sou o que sou, mas aprendi a me adaptar com muita facilidade a qualquer ambiente, “criando” personagens que seja adaptado ao momento vivido. Não se trata aqui de dupla ou múltipla personalidade, pois isso já seria uma questão psiquiátrica. Trata-se, apenas e tão somente de uma capacidade de adaptação que desenvolvi, para utilizá-la sempre que necessário, objetivando apaziguar sentimentos e harmonizar a convivência com quem quer que seja e onde quer que possa estar.
Essa técnica me ajudou e ainda me ajuda muito a superar obstáculos, pois diante de desafios significativos, projeto-me num tempo posterior onde imagino vivenciar os frutos da vitória do que atualmente enfrento... Por incrível que pareça, o grau de dificuldade do que eu esteja enfrentando no presente é atenuado, aumentando a possibilidade de superação. Isso funciona como uma grande motivação, pois me ajuda a perseverar no que quero.
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Colunistas: ENTRE O REAL E O IMAGINÁRIO, ESTOU EU
LiteraturaPor Pe. José Neto de França 08/01/2022 - 02h 34min Acervo do Autor

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