Colunistas: Não se deve comemorar a ditadura!

Literatura

Por redação com Adriano Nunes

Por que a extrema direita insiste em comemorar o 31 de março como uma data que se comemoraria, numa tese sub-reptícia, a luta do Estado contra uma hipotética ameaça comunista? Por que insiste em distorcer uma verdade fatual para satisfazer uma "der Wille zur Macht" (vontade de poder)? Por que precisa tanto, como uma questão de honra, adotar o dito nitzscheano, relativista e perigoso, que diz que "nein, gerade Tatsachen gibt es nicht, nur Interpretationen" (não, não há fatos, apenas interpretações)? Por que insiste em comemorar o ataque estatal às liberdades, aos direitos fundamentais, à democracia, como se os fatos estivessem distorcidos, como se pudesse, agora, reescrever uma nova História? Por que faz-se questão de comemorar escancaradamente a tortura, o assassinato, a repressão, a censura? O que faz com que as pessoas percam a noção de realidade, a vergonha, os receios morais e éticos, para defender abertamente racismos, preconceitos, violências e horrores?

Quando se comemora a ditadura, de algum modo, parece que as verdades fatuais pouco ou nada importam porque essas podem não corresponder àquilo esperado ou almejado por quem vê no horror um motivo justo e legítimo de celebração. Comemorar algo torpe como ditaduras é uma forma de recusar a humanidade de e em cada pessoa!

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