Vereadores Faltosos: Manifestantes protestam contra parlamentares em frente à CMM

Um ato de repúdio foi organizado pelos representantes do Movimento Educação e Trabalho, que realizaram na tarde desta terça-feira (16), uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Maceió, em protesto e para alertar à população sobre os vereadores que faltaram a mais de um terço das sessões ordinárias do ano legislativo, o que, conforme o art. 22 da Lei Orgânica de Maceió, estão passíveis da perda de mandato.

Enquanto transcorria a sessão plenária na tarde desta terça-feira, o grupo de manifestantes promovia em frente à Casa de Mário Guimarães, na Praça Deodoro, um protesto alertando e informando aos maceioenses o descaso e falta de compromisso de um grupo de vereadores listados como os mais ausentes dos trabalhos legislativos.

Representantes do movimento e transeuntes se alternavam nos microfones criticando os ?gazeteiros? e cobrando explicações dos vereadores e da própria Mesa Diretora da CMM, que teimam em não afastar os faltosos, como manda a lei. ?Como pode uma Casa fazer leis, mas não cumprir?, criticou Gustavo Cavalcante, um dos representantes do movimento, ressaltando que a partir dessa manifestação também será cobrado um posicionamento do Ministério Público Estadual para seja aplicada a Lei Orgânica de Maceió.

Os manifestantes conclamavam que os vereadores participassem do ato para dar explicações à população, mas, ao término da sessão, que nesta tarde contou com a presença de maioria na Casa, muitos deles saíram sem se pronunciar, exceto os vereadores Silvânio Barbosa (PSB) e Heloísa Helena (PSOL), que atenderam ao chamamento.

?Eu vim aqui porque apoio todo movimento que é justo. Eu não apoio é movimento simplesmente que é para um vereador entrar para ocupar a vaga de outro. A gente tem que ter é compromisso com a ética, com a justiça social, com a disciplina, porque a nossa obrigação é ter vergonha na cara e amor no coração?, declarou Heloísa.

A vereadora reafirmou declaração já mencionada em outra reportagem, dizendo que vem e cumpre suas obrigações. ?Quando um trabalhador não vai ao emprego, ele é demitido. O aluno quando não vai à escola, perde por falta, é reprovado?, explicou.

Líderes do movimento dirigem o protesto