Alagoas debate assistência técnica e extensão rural

Agricultura

Por Ascom Seagri

Propostas serão levadas por delegados para Conferência Nacional

O debate a respeito da construção de uma proposta de assistência técnica e extensão rural (Ater) marcaram esta terça-feira (13) em Alagoas. Durante todo o dia, entidades vinculadas ao setor agrícola, assentados da reforma agrária, agricultores familiares, quilombolas, indígenas, movimentos sociais, profissionais do serviço de extensão e gestores públicos municipais, estaduais e federais participaram da 1ª Conferência Estadual de Ater, realizada no Hotel Ouro Branco, em Maceió.

As propostas elaboradas durante as discussões serão levadas por 15 delegados, que vão representar o Estado na Conferência Nacional de Ater, em abril. Entre os encaminhamentos, um dos que se destacam não só em Alagoas, mas também em outras regiões do País, é a criação de um fundo nacional para o serviço de assistência técnica e extensão rural.

?Para complementar, haveria um fundo estadual e um municipal?, elencou uma das organizadoras da conferência, a professora Sandra Lira. Para o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, é preciso também restabelecer o papel dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural. ?Eles devem ser fiscalizadores e cobrar a execução das políticas públicas, bem como direcionar a atuação dos entes públicos para atender às demandas do segmento?, enfatizou Dantas.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público Agrícola e Ambiental de Alagoas (Sindagro), Sebastião Alexandre dos Santos, defendeu a continuidade dos serviços de Ater por meio da realização de concurso público. De acordo com o delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em Alagoas, Gilberto Coutinho, a efetivação das propostas definidas na conferência vai beneficiar as famílias do campo que produzem alimento.

Segundo ele, o Brasil tem capacidade para produzir alimento suficiente para mais que o dobro da população atual. ?A reforma agrária hoje inclui os não assentados, pois é uma iniciativa com reflexo na vida de muita gente, uma vez que estimula a produção de alimento?, destacou o representante do MDA em Alagoas. A superintendente do Incra no Estado, Lenilda Lima, também defendeu que o Brasil precisa investir no campo, ?no mundo rural vivo?. ?Essas entidades devem participar da formulação das políticas públicas?, finalizou.

Também participaram da abertura da 1ª Conferência Estadual de Ater o deputado estadual Judson Cabral, que na ocasião representou a Assembleia Legislativa Estadual (ALE), representantes do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Batista, e o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Elizeu Rego.

O evento também foi prestigiado por técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), secretários municipais de Agricultura, conselheiros do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Cedafra) e lideranças do segmento.

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