Colírio e válvula: avança tecnologia para tratar glaucoma

Saúde

Assessoria de imprensa do HOB

Simpósio da Sociedade Brasileira de Glaucoma apresentou tecnologias novas para tratamento da primeira causa mundial de cegueira irreversível

Brasília, 1/6/2011 ? Um novo colírio sem conservantes e o implante de uma válvula que aumenta a absorção do humor aquoso foram os destaques do XIV Simpósio da Sociedade Brasileira de Glaucoma, realizado em Belo Horizonte (MG) no último fim de semana, na avaliação da especialista do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), Hanna Flávia Gomes, que participou do encontro de mais de mil oftalmologistas.

Manter um portador de glaucoma comprometido com o tratamento é um desafio para os médicos, por que os medicamentos, que usualmente não são baratos, também provocam reações na superfície ocular, o que assusta o paciente, assinala Hanna Flávia.

Ela comemora o novo colírio que poderá ser prescrito desde já, porque sem a presença de conservantes, o tratamento clínico torna-se mais efetivo, uma vez que não terá o componente causador de vermelhidão, aspecto que o paciente associa à irritação e suspende a aplicação.

?A expectativa é de que haja mais adesão dos pacientes ao tratamento agora?, diz a médica ao frisar que ?o glaucoma é uma doença que não tem cura, mas os tratamentos aperfeiçoam-se em um ritmo que já possibilita vida normal aos seus portadores?.

Cirúrgico - O outro avanço apresentado no Simpósio deste ano, na avaliação da médica do HOB, é a válvula que ao ser implantada abaixo da esclera, estimula a absorção do humor aquoso. ?O intuito desta tecnologia também é levar o portador de glaucoma à comodidade, ao menor trauma cirúrgico e a durabilidade estendida deste procedimento, porque faz com a cicatrização desta espécie de ferida cirúrgica feita para o implante, tenha uma cicatriz menos acelerada e com isto impeça a fístula de se fechar?, descreve. Hanna explica que este procedimento torna mais duradoura a cirurgia, além de eliminar alguns dos processos envolvidos nas cirurgias de glaucoma que realizávamos até agora, como a iridectomia e a esclerectomia.

O glaucoma, ou neuropatia óptica glaucomatosa, é resultado do dano no nervo óptico determinado principalmente pela pressão intraocular inadequada. Os diversos tipos de glaucoma representam a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam o crescimento mundial de portadores de glaucoma de 60 milhões para 80 milhões de pessoas até 2020. No Brasil, cerca de 2% da população é portadora e, em muitos casos, desconhecem e não tratam. De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro de 2003 até março de 2011 foram realizados, no Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 3 milhões de atendimentos a pacientes com glaucoma, entre exames, consultas e cirurgias.

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