Por Lúcia Nobre
Recordo: um largo verde e uma igrejinha,
Um sino, um rio, um pontilhão e um carro
De três juntas bovinas que ia e vinha
Rinchando alegre, carregando barro.
Havia a escola, que era azul, e tinha
Um mestre mau, de assustador pigarro...
(Meu Deus! Que é isto, que emoção a minha,
Quando estas coisas tão singelas narro?)
Seu Alexandre, um bom velhinho rico
Que hospedara a Princesa, o tico-tico
Que me acordava de manhã, e a serra...
Com seu nome de amor Boa Esperança,
Eis tudo quando guardo na lembrança
Da minha pobre e pequenina terra!
Comentários