ELEIÇÕES-2018 - THE DAY AFTER...

Pe. José Neto de França

Ufa! Enfim, passou!

Nessa segunda-feira, 29 de outubro de 2018, o dia amanhece com todos os estados da federação tendo definidos os seus governadores e também com o novo Presidente eleito para o quadriênio 2019-2022. Estes se juntam aos senadores, deputados estaduais e federais, já definidos no pleito do 1º turno.

Os vitoriosos nas urnas foram frutos de uma campanha política, por que não dizer atípica em relação às anteriores em nosso Brasil varonil.
Quero me deter aqui, mais precisamente na eleição para a presidência da república.

Tudo começou com o “líder supremo” do PT, preso em Curitiba, atrasando, quer dizer atrapalhando a campanha do candidato de seu partido, indo até onde pôde, na tentativa de se lançar candidato.

Seus “subordinados” e seus marqueteiros não tiveram pulso, nem autoridade para alertá-lo dessa armadilha. O resultado foi o seu adversário, muito bem assessorado, tomar a dianteira, o que acabou sendo, no meu ponto de vista, um dos principais fatores que o levou a vitória nas urnas.

Logicamente que as chamadas “Fake News” pesou bastante, uma vez que as redes sociais, particularmente o Instagram, Facebook e WhatsApp terem um gigantesco alcance

Estas tais “Fake News” correram livres, leve e soltas de ambos os lados. O que mais impressionou foi pessoas consideradas inteligentes, mas que, pelas suas atitudes, provaram não serem sábias, ajudar a propagá-las. Algumas delas eram tão infantis, absurdas que até uma criança percebia ser notícia falsa.

Nas “Fake News” e outras postagens, a linguagem utilizada por seguidores dos dois lados políticos, foram, muitas vezes de baixíssimo nível, na tentativa de atingir moral ou psicologicamente não somente o candidato, mas também aqueles que supostamente iriam votar neles.

Amizades foram desfeitas, famílias foram divididas; agressões físicas, verbais... até o candidato que saiu vitorioso foi esfaqueado (o que acabou lhe ajudando muito a chegar à vitória).

Ao se aproximar do final do pleito, os ânimos se acirraram ainda mais.

Um e outro lado tentaram com argumentos, por vezes agressivos, a forçar uma tomada de posição que favorecesse seus gostos...

Entre tantas postagens, encontrei uma que achei ser a mais sensata. Dizia ela: “Existem pessoas maravilhosas que votam no Bolsonaro, existem pessoas maravilhosas que votam no Haddad. Há extremistas dos dois lados. A escolha por um desses candidatos não define o caráter de alguém. Ela é baseada nos conhecimentos e experiências de vida e sobretudo como cada indivíduo significou tudo isso. Isso não faz das pessoas melhores ou piores, são apenas pontos de vista e expectativas diferentes. No entanto, a forma grosseira de lidar, julgar e acusar o outro porque ele pensa diferente, supor que você é mais inteligente, vivido, esclarecido... enquanto o outro é alienado, ignorante, manipulado... isso sim diz MUITO sobre você! Cuidado com as projeções pessoais, elas têm mais a ver com a gente do que com outro” (foi citado como autor desconhecido).

De fato, quando uma pessoa começa a agredir verbalmente a outra por causa de ideias, atitudes diferentes, mostra, claramente, onde está o verdadeiro extremista: no agressor.

O que importa é que passou!

É hora de tentar resgatar, se é que seja possível, a amizade perdida, o irmão, pai, mãe, filho que foi colocado à margem por causa de política...

É hora também de, mesmo que seu candidato não tenha sido eleito, desejar que o ganhador seja bem-sucedido no seu mandato... tanto porquê, queiramos ou não, ele é nosso presidente.

Toquemos o nosso barco, pois a vida segue...

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