Colunistas: ESSE SOU EU, MESMO AINDA EM DEVIR

Literatura

Por Pe. José Neto de França

Por vezes, olho para mim mesmo e fico a imaginar quem fui a cada momento do itinerário de minha vida. Quem diria que eu fosse chegar a ser o que sou hoje: Sacerdote por ministério, graduando em Nutrição, Escritor...

Mergulhando na minha linha do tempo, vejo-me em situações diversas e/ou adversas que marcaram tais etapas. De nada reclamo ou lamento. Tanto porque, tudo o que aconteceu, positivo e/ou negativo, creio eu, foi parte de um contexto e foi fundamental na formação do meu caráter, definição de meus gostos, maturação do meu senso crítico...

Como num filme, vejo-me...

Pequenininho, talvez quatro, cinco anos – essa é minha lembrança mais distante – comendo tomates na horta do quintal de minha residência, em Carneiros/AL, assustado por eles estarem quentes, do calor do sol, além de agir às escondidas e, em seguida levando umas chineladas de minha mãe ao me pegar nessa reinação... No alpendre dessa mesma residência, no colo de meu pai, que está sentado numa espreguiçadeira, ouvindo ele com sua voz rouca – como a minha no tempo presente – cantando para mim: “Olê pai, ôle baiê / menininho do papai, / deu um pulo, foi ao chão, / acudiu três cavaleiros / todos três, chapéu na mão...” (nunca esqueci da letra dessa estrofe e a melodia)...

Criança, caçando passarinhos, com um estilingue; explorando a vegetação que havia em volta da primeira casa que residi em Santana do Ipanema, no Bairro da Floresta...

Entre cinco e seis anos, vivendo a primeira experiência paranormal que marcaria profundamente todo meu ser. Um gatilho para que outras acontecessem até o momento presente...

Nas minhas primeiras incursões ao Rio Ipanema. Em pânico”, atravessando, de canoa, esse rio, único meio de transporte no período das homéricas cheias... os passageiros, inclusive eu, mesmo pequenininho retirando a água de dentro da canoa (essa com muitos furos) e devolvendo-a ao rio, caso contrário, fatalmente, canoa vai afundar... o canoeiro, seu Domingos, visivelmente alcoolizado... Só Jesus na causa... Naquele tempo não era levado a sério a questão da segurança...

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