Colunistas: SAUDADES DE UM CAFÉ QUE NÃO FOI POSSÍVEL TOMÁ-LO e AS BODEGAS DE OUTRORA

Literatura

Por Pe. José Neto de França

Eis que de repente flagro-me a mergulhar numa saudade toda especial. Trata-se de um café que não cheguei a tomar, num tempo que já passou, com um amigo que temporalmente não mais existe, a não ser na minha memória, história...

Ora, como se pode ter saudade de algo que nem aconteceu? O próprio amigo que me convidou, mas que no jogo de xadrez da vida, levou “xeque-mate”, antes desse encontro para saborearmos o tal café, indo “residir em outra dimensão”, um ano antes, manteve uma conversa comigo sobre essa questão do saudosismo de coisas que não aconteceram. Essa conversa aconteceu no dia 03 de março de 2019, a partir de uma foto minha (eu, de costas, na calçada da casa de minha mãe, em Santana do Ipanema/AL, escorado na S10 da paróquia, dando a entender que olho para o horizonte), e um pensamento meu que postei no Instagram: “Saudades... Algo que nem se tornou realidade, mas foi um esboço no meu querer... E projeto no meu pensamento... E, apesar de não ter ganhado vida, no arquivo da memória, foi para poder motivar-me... Enigmas da vida!!!” Literalmente, a conversa foi assim:
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"MEU AMIGO" - Como se sente falta de algo que não se concretizou?

"pejoseneto_oficial" - Sabia que você iria me fazer essa pergunta... Rssssss... Vamos lá! Às vezes, diante do que somos para nós, mas não somos para os outros, ou seja, dentro de nosso mundo particular em meio aos acontecimentos da vida, criamos projetos (artifícios) que dizem respeito apenas a nós mesmos e ficamos a "divagar" sobre eles numa espécie de auto-terapia... Nessas horas, a intensidade desse divagar vai depender do psicológico e da criatividade da pessoa...
- Com o tempo, o "lembrar" pode provocar saudades, dependendo do que foi "projetado" no passado..."
- Exemplo: quando era criança até o início da adolescência, na falta do que fazer, tirava alguns momentos para "criar" histórias em meu pensamento, onde eu era um dos personagens... Ajudava-me a passar o tempo e viver um pouco do que eu realmente era.
- Às vezes, tenho saudades disso…

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AS BODEGAS DE OUTRORA

Para quem viveu em tempos de outrora, quem não se lembra das “bodegas”!!!

Nao era a “feira de Caruaru” como cantava o saudoso Luiz Gonzaga, mas encontrávamos de “quase tudo”… ninguém estava preocupado nessas coisas de “prazo de validade”. Importava que tivesse o que estávamos querendo.
No interior, não se falava em supermercados, aliás, nem se sabia que existia ou viria a existir um dia…
- Dona Maria, mamãe mandou comprar 10 pães…
- Seu José, mamãe perguntou se tem Carretel de linha azul… se tiver ela quer um carretel e duas agulhas…
- Seu João, me venda uma dúzia de ovos…
- Quero meio quilo de açúcar…

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