Irmãs Franciscanas [holandesas] anjos no Sertão Alagoano

Literatura

Por Pe. Adauto Alves Vieira

No mês de março, uma justa homenagem a estas grandes mulheres. Falo das Irmãs Franciscanas, Filhas de Santo Antônio, advindas da Holanda, para prestarem seus serviços em nossa diocese, na sua recente criação, em 1962. Dom Octávio, nosso primeiro bispo, as trouxe até nós.

Estas religiosas foram portadoras da glória de Cristo, no seu modo de viver tão feliz consagração, numa vida sempre pautada na virtude e na santidade, bem como na dedicação e no amor aos pobres. Quais “boas samaritanas”, elas souberam desdobrar-se ao máximo, oferecendo aos paupérrimos, o que de melhor traziam em seu bojo: a promoção e a dignidade humanas, por meio, sobretudo, da educação.


Nos “pobrezinhos”, como diziam as referidas freiras, nos menores carentes e nos menos favorecidos, elas foram capazes de contemplar o Cristo, Aquele, cuja Paixão ainda continua naqueles que sofrem as consequências de uma vida injusta, e que por isto mesmo vivem imersos na miséria. Num serviço abnegado à causa dos menos assistidos, podemos dizer que estas mulheres conjugaram o verbo amar com a própria vida. Foram, decerto, apóstolas caritatis, isto é, enviadas a serviço do amor.

A glória da qual foram portadoras nesta terra dos homens, elas vislumbram agora sem véu, em toda a sua plenitude. A elas é dada como galardão nos Céus, por Aquele que sem o saberem, tanto O serviram neste mundo, na pessoa dos mais pequeninos, dos mais desassistidos: Cristo Jesus.

Somos eternamente gratos, Reverendas Irmãs Franciscanas, por tudo! Particularmente, o somos, às Irmãs Clementina, Odiliana e Redempta, por nos terem deixado e ensinado lições tão grandiosas de humanismo! As senhoras deixaram a “abundância de água”, na Holanda, para virem pregar Jesus Cristo e a existência de Seu Reino, neste Sertão cada vez mais comburido, pelos raios de sol englidos!

Obrigado, mulheres desbravadoras e aguerridas, por terem deixado de colher as mais belas flores e seletas tulipas, nos extensos e exuberantes jardins holandeses, para virem palmilhar em horizontes tão longínquos da sua terra natal, deixando-se aqui ferir com os espinhos e cardos das nossas rudes incompreensões! Mui agradecidos por tamanhos aprendizados de amor!

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