Mais de 300.000 mortes por covid-19 Adriano Nunes

Literatura

Por Adriano Nunes

Realidade fatual inafastável: mais de 300 mil mortes por covid-19 no Brasil! Não há como esconder ou alterar esse dado funesto. Portanto, a realidade precisa urgentemente intervir na esfera da existência, seja através de discursos racionais acerca da gravidade da pandemia, seja através de ações e práticas que amenizem ou impeçam a disseminação do coronavírus e seus efeitos deletérios sobre a saúde humana. A realidade democrática não deve mais perder tempo com negacionistas, fanáticos, ideólogos, demagogos. Logo, as instituições precisam compreender racionalmente os papéis delas nessa empreitada humana, civilizatória.

As ideologias, que têm traços autoritários, procuram, de algum modo, distorcer as realidades fatuais, as verdades dos fatos, buscam omiti-las, retirá-las da esfera pública das ideias, da discutibilidade. Por quê? Porque assim podem fazer com que a sua Wille zur Macht impere. Vontade de poder com mais vontade de poder: poder. Para poder controlar e dominar corpos e espíritos. Essas ideologias têm em seu cerne morais moralizadoras que querem se impor através de discursos sub-reptícios travestidos de fundamento epistêmico. Religiões políticas, par excellence.

E, ante essa tragédia, o que mesmo importa? Salvar vidas é o que, agora, necessariamente importa! Temos, todos nós, um dever ético imperativo que nos impele à crítica, à busca de soluções pragmáticas, à certeza de que não precisamos de mais mortes para convencer-nos que temos radicalmente falhado in totum como irmãos(ãs), cidadãos(ãs). Se a política é falha e monstruosa, não precisamos e nem mesmo devemos seguir o exemplo dela! Adversidades políticas e pressupostos econômicos não devem ditar, como fatores a priori, as regras valorativas e sociais da vida humana. Mas um pressuposto ético reaparece: o que fazer ante reacionários fanáticos, insensíveis, anticiência e antivida? Reafirmo: as instituições precisam compreender racionalmente os papéis delas nessa empreitada humana, civilizatória.

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