Confesso que não pensava em fazer outra graduação, mas aquele desejo de cursar a tão sonhada psicologia não me deixava em paz. Na idade certa que deveria submeter-me ao vestibular para psicologia não foi possível, pois só existia na capital e pensar em morar lá para cursar era inimaginável, se tinha bolsa de estudo ou residência universitária, não me avisaram, não tinha internet ainda tão acessível assim na época, caso você tenha pensado que era só procurar no google.
Então tinha que decidir. Na cidade próxima ou você fazia zootecnia ou pedagogia, como sou de uma geração que primeiro vinha o emprego e depois a graduação, eu trabalhava como professora, então não tinha dúvida. O bom disso é que quando você não tem muitas opções fica fácil de decidir, mesmo sem saber se a decisão era certa, mas hoje com tanta opção também não se sabe.
Claro que não iria passar minha vida de faculdade fazendo um curso com raiva. Apenas eu perderia, e como pedagogia faz parte da área das ciências humanas acabei me identificando muito e me apaixonei pela sua plenitude de ver o sujeito que aprende como um ser em sua totalidade.
Tudo bem, vamos em frente. Depois da graduação fiz tudo que quis fazer na área, tanto trabalhando em diversos campos e espaços da educação quanto me formando até a última instância de estudo acadêmico (faltou o pós-doc, mas é questão de tempo apenas). Mas de repente, como gosto de me afirmar como alguém que sente o universo agindo e a mão de Deus trabalhando, sentia que depois de mais de vinte anos de formatura da graduação, a psicologia estava bem perto. Era como se ela estivesse esperando apenas eu concluir os estudos finais. E eu dizia: nossa, ela está tão perto que chego a senti-la em forma de emoção no estômago, sabe como decida de roda gigante? Assim mesmo.
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Colunistas: UMA VETERANA NA GRADUAÇÃO - PARTE I
LiteraturaPor Luciene Amaral da Silva 21/03/2021 - 20h 31min Arquivo Pessoal

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