Colunistas: Democracia: direito como discutibilidade e argumentação

Literatura

Por Adriano NUnes

As leis devem ser interpretadas quase sempre. Esse "dever ser" da interpretação das leis reflete, de algum modo, não só os estados temporais da sociedade, mas também a necessidade da discutibilidade acerca das leis como um dos pilares democráticos. Seria estranho e inaceitável democraticamente que uma lei durasse ad aeternum, e a sociedade e os seus processos culturais, sociais, econômicos e políticos mudassem com o tempo. As leis imutáveis e indiscutíveis - incluindo as Leis Magnas - são características de sistemas totalitários. Pois bem: como as sociedades não são estáticas, o direito também não é. Há uma observação importante quanto às leis penais: a escassa possibilidade interpretativa e de analogia, para evitar violências, abusos, arbitrariedades, tribunais e julgamentos de exceção, injustiças. Desde Voltaire e Beccaria aprendemos bem essa lição quando se trata de leis que tocam o cerne da vida e da liberdade.

Dito isso, tomaremos 2 julgamentos pelo STF para compreender e explicar a importância da discutibilidade e da interpretação em um Estado democrático de direitos. Não há motivos para alarmes ou escândalos:

Clique Aqui e veja o texto completo

Comentários