Colunistas: A FRIEZA DE UM FUNERAL NOS TEMPOS DE PANDEMIA

Literatura

Por Pe. José Neto de França

Um dia desses, pouco depois das oito da manhã, passei à frente do cemitério de Major Izidoro no exato momento que uma ambulância, sob uma leve chuva, estava sendo aberta e uma urna funerária com um corpo de uma vítima de COVID19 – coronavírus – segundo laudos, estava sendo retirada por um número restrito de pessoas com vestimentas e manejo preparados para esse tipo de atividade nesse tempo de pandemia, tendo em vista seu sepultamento.

Ninguém da família estava presente. Não porque não quisesse, mas por causa dos protocolos de segurança. Uma realidade cruel para os costumes ocidentais.

Quem não gostaria de poder dar seu último adeus ao que restou do existir do ente que se foi: seu corpo material, veste da alma?!

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