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Poesias

Por José Geraldo Marques

Navego em madrugadas
Tão só
Tão seu
Num barco de rotas velas
Pergunto quem sou eu:
Estarei ébrio a beber estrelas
Ou lúcido a escurecer?

Altas ondas, brava procela
Parecem querer tragar-me
Ou -quem sabe?- enlouquecer-me
Com versos que me esmagam
Em vez de me acontecerem

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