O TOMBO DE JOÃO DO MATO E A QUEDA DE JABAÚ

Versos e Prosas

por Remi Bastos

Já vi o voo da águia,
Do bem-te-vi e do pombo,
Vi o Zé Pelin voando
Lá muito acima do chão,
Mas, posso aqui confirmar
Sem ter medo de errar
Que eu nunca vi um tombo
Igual aquele do João.

Até pensei que fosse um pássaro
Com suas asas estendidas
Num voo de competição
Em meio à grande torcida,
O cabra desgovernado
Lascou a bunda no chão
Que um graveto malvado
Quase lhe arranca a mão (?).

A queda do Jabaú
Causou uma avalanche
Foi o maior dos desmanches
Que o Boqueirão enfrentou,
A outra serra vizinha
Também sentiu o abalo
Do amigo no embalo
Quebrando o que Deus criou.

Na velocidade que vinha
Nem o som o acompanhava,
Passou por Xogoió
Sem ser reconhecido,
Coitado do meu amigo
Que o destino assim o diga
Só consegui escapar
Porque tentou se agarrar
Numa moita de urtiga.

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