O que de comum existe entre os três personagens, título desta história, quem é de Santana, e já passa de uma quina, de décadas de rodado(a), sabe:Foram proprietários de farmácia.
A farmácia de Seu Carola funcionava onde hoje é o Bar do Telhado, que fica abaixo do antigo sobrado de Maria Sabão, no comércio. Ele era padrinho de Fernando Soares Campos, meu irmão. Aproveitando-me disso, fui muitas
vezes lá, pedir a benção só pra ver se ganhava uma moeda. Grande carnavalesco foi, o saudoso, Seu Carola. A façanha do Urso Preto, vale à pena recordar: Sai o Bloco do Urso Preto, Seu Carola segura à corda. O urso faz suas estripulias. Em determinado momento o urso, se sente “apertado”, quer ir ao banheiro, mas todos já estão muito embriagados, só o que fazem é dizer: -Vai prá lá urso! –vai pra lá urso!...
E nada de deixá-lo, ir aliviar-se. Então não dá outra: O pobre do “urso” termina se borrando todinho com fantasia e tudo.
E Seu Moreninho. Este, tinha uma farmácia com frente a Arquimedes Auto Peças. Teve um tempo que morou em Olho Dágua das Flores. Nessa época minha mãe era uma menina e tinha problema de asma. Então minha avó Amância chama Seu Moreninho e pede: - Ô homem, “passe” um remédio pra Dineusa!
Dineusa é minha mãe. Ele “receita” umas injeções. Só que antes de aplicar a primeira, pergunta: -Amância, essa menina já tomou café hoje?
A resposta é negativa. Então aplica-lhe a injeção. Mamãe tem uma reação de vômitos.
- Ô Amância você quer matar tua filha?! Tu não disse, que ela não tinha tomado café!
- É...Café, café, mesmo não. Comeu aí outras coisas, mas café não...
A farmácia de Seu Aleixo ficava lá na Rua Benedito Melo (antiga Rua Nova). Um homem da roça procura Seu Aleixo, conta a situação de seu pai que está bastante doente. Pede que “passe” um remédio. E ele “passa”. Na outra semana vem o matuto pra feira e procura Seu Aleixo: - Seu Aleixo o “véio” morreu...
–E foi?! É... morreu, mas morreu bem melhorado!
Santana do Ipanema 28/05/2009
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