Assim não se desfez o faz-de-conta:
A dissimulação se dissipou,
O verso dessa vez se emancipou,
Enfim, finda essa vida nunca pronta.
Por que não se vingou do devaneio,
Por que se envenenou com a verdade,
Por que se embriagou contra a vontade?
Se somente voltar ao barro, creio
Na criatividade do Poeta
Dos óvulos do Verbo, do Princípio
Das mulheres, dos homens, na proveta
Das luzes e das trevas e do início
Da relatividade circunspeta
Desse curto-circuito vitalício!
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