MARIA, A MÃE DO PURO AMOR

Antonio Machado

A figura de Maria, filha do casal Ana e Joaquim, dividiu a historia da humanidade em dói ângulos, antes e depois dela. O Velho Testamento faz pouca alusão a essa figura tão querida de igreja Católica, e quando o faz é envolta em mistério, como cita o evangelista no capitulo primeiro do seu livro. O titulo deste modesto artigo, não foi criado por mim, mas ela mesma conforme consta no livro do Eclesiástico, na altura do capitulo 24,24. Às escrituras deixam claro que Maria Santíssima sempre existiu no plano salvívico do Pai, o próprio capitulo diz: ”nasci antes de toda criatura, andei sobre as ondas do mar, percorri toda a terra”.
Aprendi com a Teologia do bispo, Don Fernando Iório e seus ensinos de exegese bíblica que todos os saltérios do capitulo 24 do Eclesiástico, a igreja, sabiamente, atribuiu a Nossa Senhora, cuja página memorável não deixa dúvidas que tudo converge para Ela, como convinha ao Senhor.
Sou daqueles que não crer num Jesus sem Maria, não é uma hiperdulia, como dizia os que não gostavam de Maria, mais uma veneração e devoção de respeito e amor, e o faço sem reservas. Ela mesma no-lo disse: “aqueles que me tornam conhecida, terão a vida eterna.“ Daí, pois, a razão de não acreditas numa igreja sem Maria. Em Belém, quem os magos encontraram? Maria com Jesus, nas bodas de Cana, quem estava lá Jesus e sua Mãe, na fuga para o Egito, onde estava Jesus? No seio de Maria, e no Calvário, quem estava ao pé da cruz? João e Maria, e quando Jesus ressuscitou, a quem primeiro apareceu? Precisa ser muito néscio, para não acreditar que Ele apareceu primeiro a mãe. Ora, caro leitor quereis mais prova de vida hipostática de Jesus e Maria? Procure entrar numa igreja onde não exista a imagem de Nossa Senhora e experimente a aridez desse lugar, é um templo frio, sem vida, porque falta a presença materna da Mãe de Jesus, e Ele não fica onde sua Mãe não pode estar.
Nossa Senhora possui mais de cento e cinqüenta títulos dados pela piedade de seus devotos, a Imaculada Conceição talvez, síntese todos, mesmo sendo um dogma católico, mas foi confirmado no céu pela Virgem, quando esta apareceu a Bernadete e lhe disse: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Os Santos de todos os templos, sempre se espalharam na figura piedosa da Mãe de Jesus, São Bernardo escreveu. “Por vós, ó Maria, temos acesso ao Filho, por vós que achastes a graça, Mãe da Salvação, para que vós nos receba Aquele que por vós nos foi dado”. Sto. Antonino escreveu: quem pode, sem Maria, tenta voar sem assas”.
Os tratados sobre Maria Santíssima enchem as livrarias, espantam os estudiosos, sua vida de santidade, tem sido tema para muita literatura, a simplicidade terna de Maria, espantou até o demônio, quando alguém lhe perguntou o que mais ele temia em Maria, peremptoriamente, respondeu “a sua humildade”. A saudação trazida a terra pelo Arcanjo Gabriel, ao saudar a Mãe de Jesus, a igreja piedosamente, a colocou nos lábios de sues filhos como o título sublime de Ave-Maria.
Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da igreja, autor de cento e vinte obras, deixou Glórias de Maria, como êmulo de sua fé, e foi nos piedosos escritos desse santo que Papa Pio IX, encontrou irrefutavelmente, as belas páginas sobre Mãe de Jesus, para proclamar o dogma da Imaculada Conceição, aos 08 de dezembro de 1854, escrito na terra e confirmado no céu. A literatura religiosa e popular está cheia de cantos atribulados a Mãe de Jesus e nossa mãe, a ponto de o piedoso Bernardinho de Bustis, frade italiano, que morreu com odores de santidade, deixou escrito a mais bela página dedicada a Nossa Senhora, o Oficio da Imaculada
Conceição com cinqüenta estrofes, todos centrados na Bíblia Sagrada, que mais tarde teve a provocação do Papa Inocêncio XI, em 1678, e conseqüentemente, foi enriquecido por Pio IX em 31 de março de 1876, dizendo até as almas santas que Nossa Senhora se ajoelhou, quando na terra um devoto seu, reza o Ofício. Costumo dizer que: ”quando rezamos só, Nossa Senhora nos ouve, mais quando rezamos juntos, Ela reza conosco”. Os poetas escreveram: “Ibiapina e Pe. Cícero, / deixaram no sertão/ duas palmeiras plantadas/ o terço a boca da noite/ e o Ofício da madrugada”.

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