Em quase todos os meus escritos há sempre certa dose de passado, de outrora, mesmo porque a crônica, meu xodó literário, possui na sua composição e origem etimológica o liame tempo prendendo-a, necessariamente, à ordem cronológica dos acontecimentos, dos fatos.
Cintilar é brilhar, refletir luz, resplandecer, tremeluzir.
Bem o disse o escritor Coelho Neto: “Aqui, ali, cintilavam estrelas trêmulas.”
Então, tratemos, inicialmente, de estrelas assunto mais apropriado para poetas, filósofos e apaixonados, deslumbrados que são por esses corpos celestes que cintilam, estrelas que brilham e enfeitam o céu limpo e escuro de belas noites.
Dir-se-ia, por exemplo, que se trata de assunto para o laureado poeta santanense, José Geraldo Wanderley Marques, hoje ocupando, por mérito, uma Cadeira na Academia Alagoana de Letras.
Vez por outra, ainda meio sonolento em véspera do alvorecer, em brecha do cortinado da janela do meu quarto, avisto, saudoso, a Estrela Matutina a cintilar lá para a banda da aurora de todos os dias. Por aí recomeça o “flerte” com essa “namorada” do nascer de belas manhãs e dos anoiteceres de tempos que já se foram.
Estrela Matutina ou Estrela-d’Alva faz-me recordar, com saudade, meu belíssimo tempo de criança vivido no Sítio Gravatá, lugar de cerca de 9 quilômetros distante de Santana do Ipanema.
Abençoado tempo de criança aquele!
Disse Antoine de Saint-Exupéry: “Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.” E continuou o autor de O Pequeno Príncipe: “Todas as pessoas grandes foram um dia crianças.”
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Colunistas: ESTRELA MATUTINA
LiteraturaPor Djalma de Melo Carvalho 15/03/2022 - 23h 12min https://osr.org/pt-br/blog/astronomia-br/estrela-da-manha/

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