Literatura: À BEIRA DE UM COLAPSO? O QUE ESPERAR DA NOSSA CIVILIZAÇÃO?

Literatura

Por Pe. Adauto Alves Vieira

Numa sociedade, quando grossas persianas cercam as janelas de nossos olhos, passamos a vislumbrar somente os nossos interesses, e assim, como que cegos, tornamo-nos seres por demais solipsos ou narcisistas, por assim dizer. Daí, vamos perdendo o nosso senso de justiça, de misericórdia. Já não existe altruísmo. Já não sabemos pensar mais no bem dos nossos semelhantes. Vamos nos inchando em nosso egoísmo, portando conosco a medida do ter que nunca se completa. Assim no suceder dos fatos e dos acontecimentos, vamos assistindo aos poucos o declínio da nossa civilização cujo tecido que a compõe cada vez mais tende a necrosar-se de dia para dia. Portanto, o fim de uma civilização ou sociedade que desta forma se porta é o tanatós, isto é, o arruinar-se a si própria, a morte, enfim.

É notório e lamentável, mas no quotidiano vai surgindo em nosso contexto uma anticultura eivada de contra valores, na qual vai predominando a "ditadura do relativismo". Aos poucos ascende-se uma política e uma economia que tentam firmar-se num reino falimentar, apoiados em tronos de argila, que um dia hão de ruir e sucumbir. Hão de sucumbir sim, pois numa sociedade onde se vira as costas para Deus, o ser humano vai se tornando cada vez mais mesquinho e perverso. Assim sendo, constatamos o despontar de um anti-humanismo cada vez mais crescente, porque em nossos horizontes não há mais a luz da Palavra de Deus, não há mais o esplendor do sol da justiça, não há mais o fulgor da glória de Deus nas mentes e nos corações dos homens. Faltando-nos a luz, caminharemos sempre errantes, como os nautas perdidos em alto mar, desprovidos de bússola que os nortearia, fazendo-os chegar ao seu destino.

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