Amar não é aceitar tudo.
Aliás, onde tudo é aceito,
desconfio que há falta de amor.
Vladimir Maiakóvski
Estamos acostumados a ouvir as pessoas afirmarem que quem ama não mata, não maltrata, não faz sofrer… Até aí apenas corroboramos os Dez Mandamentos, que prega a inação: não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás a mulher do próximo, entre outros não-farás.
Porém o amor não pode ser compreendido através de um comportamento passivo ou inerte. Amar pressupõe agir, fazer, criar, acariciar, fazer alguém feliz, respeitar, compreender, ter disposição para perdoar erros, equívocos, transgressões acidentais e até mesmo culpas intencionais.
Geralmente as pessoas se casam criando um conjunto de expectativas ideais em relação ao parceiro e acabam se frustrando. Certamente a expectativa de que os dois se tornarão um só, ou mesmo acreditar no mito da alma gêmea, atrapalha, frustra aquele que assim pensa e não é capaz de refazer seus conceitos na medida em que se desenrola a união conjugal.
Falamos frequentemente que certos casais já não se amam, apenas se respeitam, se toleram, como se respeito e tolerância não fossem expressões de amor amadurecido. O problema é que, talvez inconscientemente, às vezes imprimimos ao termo "tolerar" a conotação de certa penalidade imposta a quem se resigna diante do erro alheio, apesar de tanto condenarmos a intolerância às opções, atitudes ou condições dos outros.
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Literatura: Amar é... por Fernando Soares Campos
LiteraturaPor Redação com Fernando Soares Campos 10/03/2020 - 19h 52min Arquivo do Autor

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