Em épocas de incertezas tantas e tormentos políticos, como esta, a poesia tem servido a ideologias e ao panfletarismo. Pouco se preocupou, nessas ocasiões, com questões estéticas, com a beleza. O que importava/importa, para muitos envolvidos nesses “movimentos”, era estar a serviço de alguma posição política ou mesmo de uma ideologia. Deixada de lado, posta em último plano, a estética foi abandonada ao olvido.
Um problema que, a meu ver, precisa ser posto não é se há ou não poesia na política ou se a poesia é política ou não. Pois seria antiestético pensar a poesia por esse viés, já que a linha entre panfletarismo e militância é bastante tênue quando, máxime, se pretende imprimir na ars poetica essas questões. Como nenhum material pode a priori se desvencilhar do fazer poético, é fundamental perguntar até que ponto isso pode ser considerado poesia e se há beleza. Talvez, e isto é o meu pensar crítico enquanto kantiano, a poesia que sempre foi "política", no sentido em que os gregos apresentaram essa palavra (que seria mais “político” do que a Ilíada, de Homero, por exemplo?), isto é, o ser humano está em relação com a natureza e todos os outros seres.
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Colunistas: “Poesia e política: entre o panfletarismo e a estética” – para Antonio Cicero
CulturaPor Redação com Adriano Nunes 12/08/2018 - 23h 08min Arquivo Pessoal

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