Pe. José Neto preside e Celebração Eucarística da última noite da trezena de Santo Antônio em Major Izidoro

Última noite da Trezena/Missa. Muita expectativa para a festa da noite e a do dia seguinte. Pe. José Neto de França, pároco local, foi o celebrante e pregador. Essa última noite da Trezena/Missa teve como noiteiros os fazendeiros, agricultores e comunidades de Jaramataia, Campo Alegre, São Pedro, Altão, Fazenda Nova, Cágados e toda paróquia.

O Pe José Neto centrou toda sua homilia na riqueza das palavras de Jesus presentes no Evangelho da liturgia do dia: “Vós sois sal da terra. Vós sois luz do mundo!”

Falou sobre quanto sal e luz são elementos essenciais para a vida, tanto no passado quanto no presente. A importância do sal para dar sabor e da luz para dissipar as dúvidas, as incertezas que as trevas nos trazem.

Enfatizou as palavras de Jesus que inicia cada afirmativa dizendo “vós sois” e não vós será. O cristão tem que viver, segundo o pregador, o presente tendo em vista o futuro no tempo e na eternidade.

O pregador falou também que o fiel carece de muito esforço para ser sal e luz. Mais que um dever, faz-se necessário sê-los.

Ser Sal da terra, luz do mundo, é ser uma pessoa de fé, não simplesmente intelectual, mas sobretudo existencial. Não basta crer com a inteligência e os sentimentos. Faz-se necessário dar vida a esse acreditar. Elias, é o exemplo de um grande homem de fé, da Antiga Aliança. Desafiando os prognósticos e as incertezas humanas ele diz aquela pobre viúva que só tinha uma vasilha de farinha e uma jarra de azeite, que ao acabar, iria esperar a morte com seu filho: “A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até ao dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra.” E assim acontece. Ele acreditou. A pobre viúva também acreditou! Ambos obedeceram e o milagre aconteceu! Lutar com fé e com aquilo que dispomos faz-se necessário!

Santo Antônio, nosso padroeiro também soube viver na medida certa como sal da terra e luz do mundo. Não se exaltou, mas fez com que aquele a quem ele amou se exaltasse através dele, tanto por palavras como pelo testemunho. Não se acovardou nem fugiu diante dos desafios. Ao contrário, deixou-se confiantemente ser guiado e auxiliado pelo Espírito de Deus, como Elias na primeira leitura. Exerceu a caridade para com os necessitados defendendo-os contra todo tipo de exploração, pregou esplendidamente a Palavra de Deus, combateu as heresias de seu tempo... Não se deixou ser contaminado pelos gostos mundanos.

Assim, podemos dizer que nossa missão é a mesma missão dos grandes profetas da Antiga Aliança, dos profetas do tempo presente, que, na verdade é a mesma missão do Profeta dos profetas, o Fiho de Deus, Jesus Cristo: Ser Sal da Terra e Luz do Mundo... SAL que preserva da corrupção e dá gosto das coisas de Deus... LUZ que ilumina e se consome a serviço dos irmãos, iluminando-os no caminho que leva ao Pai... Se não, seremos INÚTEIS, jogados fora.

É sendo sal da terra e luz do mundo que viveremos verdadeiramente na “alegria do amor”, e a exclusão dará lugar a inclusão. Em Cristo, todos somos irmãos, não importa a raça, cor, gênero, estilo de vida... No coração de Deus há espaço para todos. Devemos, com o auxílio divino, como foi colocado no Tema da festa desse ano, a exemplo de Jesus Cristo, nós como Igreja não discriminar quem quer que seja, mas acompanhar a todos com grande respeito, promovendo sua participação na vida da comunidade. Acolher como Elias na primeira leitura que, apoiado na fé, acolheu a viúva de Sarepta e essa a este; como Santo Antônio que priorizou os excluídos, os pobres; e como o próprio Cristo que não se intimidou diante das autoridades de sua época, e no amor e na obediência ao Pai deixou claro sua opção preferencial pelos pobres. Lembremo-nos do que disse o Pe. Ronny na homilia de ontem: “o dom da escolhida é como que a “carteira de identidade” do cristão. Só quem acolhe de verdade, quem cuida do irmão pode-se dizer que seja, de fato, semelhante a Jesus Cristo”.

O pregador concluiu a homilia exortando a todos a pedir a Deus muita LUZ para compreender a missão de cada um e muita FORÇA para que todos sejam, de fato, “Sal da Terra e Luz do Mundo.” Somente, segundo o Pe José Neto, poderemos exclamar como o salmista: “Sobre nós, Senhor, fazei brilhar o esplendor de vossa face”.

A Trezena/Missa foi concluída com os agradecimentos, o convite para a participação do povo na solenidade do dia seguinte(13/06) e bênção do celebrante.