Os conflitos bélicos na Síria, sejam internos ou externos, devem ser tomados como muito preocupantes. Em primeiro lugar, porque a guerra "civil" que se alastra há muito, tem deixado a nação arrasada, forçando mesmo os seus cidadãos a se arriscarem a cruzar as mais diferentes fronteiras, inclusive aquela que se finca entre a dignidade humana e a reificação. Alvos de uma miríade de disputas políticas, crianças, mulheres e idosos vêm sofrendo os efeitos letais das diversas formas de violência impostas pela guerra. A vontade de poder realmente não se importa com aquelas vidas que parecem, de certo modo, valer menos, vidas precárias que são destruídas sem que possam ser dignamente pranteadas. Se o deus da guerra Ἄρης adora ver corpos dilacerados e muito sangue, não é de se admirar que os seus senhores, aqui, no plano da realidade factual, façam as suas partes sem quaisquer receios de moral ou ética. E pouco importa como esses corpos viram cadáveres em uma estatística cruel: de armas de fogo a homens-bombas, de mísseis de destruição em massa a armas químicas e biológicas, o que se vê é a comprovação de que barbárie e civilização possuem limites muito tênues, frágeis. Se por um lado, a Rússia apoia as ações do governo atual de Bashar al-Assad contra os "rebeldes", do outro lado, as nações encabeçadas pelos EUA , Inglaterra e França fazem o contra-ataque e bombardeiam os sírios como meio de "justificar" a revolta contra o uso de "armas proibidas" em uma guerra. A pergunta que não se cala, aquela pergunta de um pacifista: e por que há armas que sejam permitidas em uma guerra?
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Colunistas: Os senhores da guerra
CulturaPor Redação com Adriano Nunes 15/04/2018 - 23h 30min Bassam Khabieh/Reuters

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