Moradores de Dois Riachos fecham a BR-316 clamando por justiça no caso Eduarda

Polícia

da Redação

Acusados de assassinar a jovem Eduarda foram postos em liberdade o que causou a indignação dos moradores de Dois Riachos

Um grande protesto está sendo realizado na BR-316, na zona urbana de Dois Riachos, onde os moradores daquela cidade clamam por justiça para os acusados de terem assassinado a jovem Eduarda em dezembro de 2013.

Muito pneus foram queimados provocando uma nuvem de fumaça preta em dois pontos da BR-316. O protesto é acompanhado por agentes da Polícia Rodoviária Federal e Policia Miliar visando manter a ordem da manifestação.

Quando a fumaça ficou muito forte a PM solicitou que como medida de cautela a queima de pneus fosse diminuída, pois moradores da região estavam sendo prejudicados. Os manifestantes aceitaram a recomendação, mas as palavras de ordem continuaram. Vamos parar com a fumaça, mas não vamos calar nossa voz diante de tamanha brutalidade do assassinato e a falte de providências da justiça ? falavam os líderes da manifestação.

Os manifestantes solicitam a presença das autoridades judiciárias para que o caso seja apurado e os assassinos voltem para a prisão. A todo instante pessoas dos mais diversos segmentos da sociedade usam os microfones para apoiar o movimento.

O Crime

Maria Eduarda foi encontrada morta no dia 11 de dezembro dentro de casa. À época do crime a vítima tinha ficado em casa dormindo e seus pais tinham saído para trabalhar no mercadinho. Eduarda teria ficado dormindo em seu quarto, onde aguardava a chegada da empregada doméstica Cícera Maria Freitas que cuida da residência todos os dias. Mas, quando a trabalhadora chegou, acabou se deparando com a menina morta com várias facadas e os dedos espalhados pelo chão.

Enquanto acontecia o protesto o site www.cadaminuto.com.br publicou uma matéria com relação ao caso.

Caso Maria Eduarda: crime foi cometido por alguém da família, afirma delegado

Casal acusado no crime não teve a prisão preventiva decretada e está em liberdade


por Redação www.cadaminuto.com.br

Rosineide e Marcos Roberto (Crédito: Divulgação PC) - www.cadaminuto.com.br



O assassinado brutal da garota Maria Eduarda Marques da Silva, 12, encontrada degolada e com todos os dedos da mão direita decepados a facadas dentro do seu quarto, ainda gera revolta na cidade de Dois Riachos, onde o crime ocorreu. As investigações do caso são conduzidas pelo delegado Rosivaldo Vilar, titular da Delegacia Regional de Polícia de Santana do Ipanema e responsável pelo 37º Distrito Policial de Dois Riachos, que afirma não ter dúvida que homicídio foi cometido por uma pessoa da família da vítima.

Vilar disse nesta quarta-feira (19) que o laudo pericial apontou que o criminoso saiu pela porta da frente da residência e utilizou as chaves para entrar no imóvel. Segundo ele, outras linhas de investigações estão sendo conduzidas, inclusive com a participação de uma terceira pessoa, que estaria ligada ao casal Rosineide Rocha Xavier e Marcos Roberto Paulino Lemos, apontados como participantes no crime.

Rosineide e Marcos Roberto ficaram 60 dias presos pelo assassinato de Maria Eduarda, mas foram postos em liberdade no início deste mês, pois a Justiça não acatou o pedido de prisão preventiva dos dois. De acordo com o delegado, a Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias e prorrogou pelo mesmo tempo por entender que os dois tinham envolvimento, mas não encontrou elementos suficientes para decretar a preventiva.

?Quem entrou naquela casa não entrou para roubar. Entrou para assassinar aquela menina. A perícia mostrou que o criminoso não fugiu pelos fundos, mas que ele entrou e saiu pela porta frente utilizando as chaves da casa?, disse Vilar, acrescentando que os depoimentos prestados pelo casal complicaram ainda mais a situação deles perante a Justiça.

Delegado afirmou que Rosineide e Marcos entraram em diversas contradições, além de tentarem intimidar algumas testemunhas no crime. Para a polícia, a motivação do crime seria o ciúme que Rosineide tinha de Maria Eduarda, que foi adotada pelos seus pais ainda quando era um bebê. A acusada não mantinha um bom relacionamento com a menina, inclusive vivia a hostilizando, situação que havia ficado pior há três anos, quando a acusada se casou e saiu da casa dos pais para residir com seu marido, o Marcos.

Mesmo com a soltura do casal, o delegado garante que as novas diligências serão solicitadas para a Justiça, com o objetivo de chegar o quanto mais rápido aos responsáveis.

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