Após assembleia, lideranças de cada categoria pretendem avaliar proposta repassada pelo Governo de 7% de reajuste a ser pago de uma só vez ainda este mês
Cerca de 5 mil manifestantes entre líderes de associações, sindicalistas, servidores públicos estaduais da saúde, educação e segurança pública, além de estudantes, compareceram a assembleia geral na tarde desta quarta-feira 1º de junho, na Praça Deodoro para mais uma vez reivindicar um percentual de reajuste salarial decente, como também a valorização profissional.
Mesmo após o anúncio do Governo do Estado, os servidores públicos e os estudantes saíram em passeata pelas ruas do Centro de Maceió, seguindo para o Quartel do Comando Geral (QCG) e logo em seguida para a Assembleia Legislativa, onde realizaram uma parada e os líderes de cada categoria fizeram várias reivindicações. Com muitas bandeiras, apitos e palavras de ordem, eles solicitaram ao governador Teotonio Vilela Filho uma proposta salarial maior que os 7%.
Segundo o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), o major Wellington Fragoso, o percentual de 7% é um resíduo de reposição da inflação. Porém, ele concorda que a negociação com o Governo já avançou, pois quando a categoria dos militares entrou no movimento juntamente com os outros servidores o percentual concedido era de 5,9%. ?Já conquistamos os 7% de reajuste salarial de uma só vez, como também a correção do quinquênio para abril de 2012 e o recebimento do lucro real sobre a arrecadação do Estado. Na proposta pedimos a retirada das punições dos militares que estão participando do movimento. Entretanto, as datas bases não foram comentadas na negociação?, disse Fragoso.
Agentes penitenciários pedem R$ 3 mil reais para a categoria e os policiais civis lutam por um salário que tem como base o que é recebido pelos delegados atualmente.
?A negociação com o Governo está avançando, pois já alcançamos os 7%, mas dependemos de outras categorias para decidir que posicionamento iremos tomar. Somente após decisão em assembleia deveremos dizer se aceitamos ou não a proposta repassada pelo Teotonio Vilela Filho?, afirmou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal), o sargento Teobaldo Almeida.
Esposas dos militares
Com fardas dos seus maridos estendidas na Praça Deodoro, apitos, panelas e cartazes, as esposas dos militares protestaram pela não punição deles e por um percentual maior de reajuste salarial. ?Convocamos as mulheres e iremos lutar pela retirada das punições de maridos, pais e filhos por parte do comando. Pedimos que o comandante analise nosso pedido, pois já estamos passando por muito problemas?, colocou Maria Amélia.
Ao chegar à porta do Quartel do Comando Geral (QCG), esposas estenderam as fardas penduradas em varais e reivindicaram a retirada das punições. Uma esposa indagou ao comandante-geral da PM, o coronel Luciano Silva, se ele é ?feliz sabendo que um militar está com fome?.
Em tom de desabafo Célia Capistrano, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) afirmou que ninguém aguenta mais o desrespeito por parte do Governo do Estado. ?São cinco anos de luta por melhores salários e um trabalho digno?, contou.
Para Izac Jackson, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o momento é de não recuar. Segundo o sindicalista o governador tem que vir com uma proposta que atenda às necessidades dos servidores. ?A proposta oferecida pelo Governo não chegou oficialmente até agora na CUT, mas as entidades irão se debruçar diante do que foi repassado, para deliberar durante assembleias de cada categoria qual posicionamento deverá ser tomado?, finalizou.
A próxima assembleia geral dos militares será realizada na segunda-feira (06), às 14h, no Clube dos Subtenentes e Sargentos, situado no bairro do Trapiche da Barra.
Servidores e estudantes realizam passeata no Centro
Geralpor Deyse Nascimento - ASCOM- ASSOMAL 01/06/2011 - 19h 00min ASCOM-ASSOMAL

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