Alagoas terá polo agroalimentar para as regiões do Agreste e do Sertão

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Marcelo Amorim - Agência Alagoas

Projeto prevê instalação, ainda este ano, de dois centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para produtores de leite e plantadores de mandioca, frutas e hortaliças

Alagoas vai contar com um polo agroalimentar destinado ao desenvolvimento da agricultura familiar do Agreste e Sertão. O projeto vai fortalecer o Estado com a implantação de dois centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para produtores de leite e plantadores de mandioca, frutas e hortaliças. A primeira parcela para a aquisição de equipamentos deverá ser liberada ainda este ano pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com contrapartida do governo estadual.

?O objetivo do polo agroalimentar é desenvolver políticas de ciência, tecnologia e inovação, na estruturação e consolidação dos dois Centros de apoio tecnológico e agroindustrial na região do Semiárido Alagoano. Por isso estamos empenhados em realizar um projeto que beneficiará tanto os produtores quanto os usuários de seus produtos, que nesse caso representam a população de nosso Estado. A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia visa tornar a ciência acessível a todos, melhorando cada vez mais a qualidade de vida do alagoano?, afirmou a secretária Kátia Born.

Orçado em aproximadamente R$ 12 milhões, o polo conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia e contrapartida de R$ 4 milhões do governo de Alagoas, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O projeto tem convênio ainda com a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
?A construção de um instituto de tecnologia era anseio do Arranjo Produtivo Local da Mandioca, mas o governo do Estado abraçou a causa e elaborou um projeto mais ousado, para a criação do polo em Batalha e Arapiraca. Com isso, abre-se o leque de fomento à pesquisa e fortalece Alagoas com inovação e a disseminação de tecnologia entre os agricultores familiares?, considera o gestor do APL Mandioca, Nelson Vieira Ribeiro Filho.

De acordo com ele, o projeto prevê a construção de um Centro de Treinamento Agropecuário (Cetap), em Batalha, destinado a estudos e pesquisas direcionadas aos criadores de gado e produtores de leite, incluindo também uma unidade piloto de processamento e um minelaticício. Em Arapiraca, ainda conforme o gestor do APL, será erguido o Centro de Treinamento Agroindustrial (Cetagri), para pesquisas nas áreas de cultivo da mandioca, frutas e hortaliças.

?Contaremos também, em Arapiraca, com Centro de Inteligência Competitiva (Cintec), para a capacitação de técnicos e produtores por meio de cursos e seminários e com unidade de recursos humanos. A prefeitura do município cedeu área, próxima a Barragem da Bananeira, para a construção das obras. Acreditamos que com essas ações, haverá um grande desenvolvimento na região do Semiárido com relação à pesquisa, além de tornar Alagoas o segundo estado do Brasil a possuir um polo agroalimentar?, enfatiza Nelson Vieira Filho.

Ele acrescenta que o projeto já se encontra em fase de licitação da primeira fase. ?Se tudo correr bem, a previsão é de que, em 2010, nós já possamos contar com o polo em operação?, acredita.

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