Anti-Réquiem para Neilda Cavalcante

Poemas

Por Joé Geraldo Wanderley Marques

Neilda Cavalcante declamando Nega Fulô do poeta Jorge de Lima. Lançamento do livro Águas do Gravatá, do escritor Djalma de Melo Carvalho, em 13/7/2005. Câmara Municipal de Santana do Ipanema

Neilda não morreu
Estrela na Terra
Estrela no Céu
Simplesmente ascendeu
Para acender-se luzeiro
Numa constelação de Deus!

Foi declamar "Nega Fulo"
Para encantar Jorge de Lima
Foi apenas virar uma rima
Para Anilda Leão e flor

Foi numa nuvem de prata
Transportada pelos anjos
E nem licença precisou
Pedir ao santo guardião
Irene preta, a boa Irene
Que entrara anteriormente
Veio estender-lhe a mão
E dançaram alegremente
Ao som de um violão

Ficamos nós os amigos
Dando nós no coração
E se encontramos motivos
Para prantos e murmúrios
A saudade é tão imensa
Que transmuta a dor intensa
Em alegre gratidão!

Neilda Cavalcante declamando Nega Fulô do poeta Jorge de Lima. Lançamento do livro Águas do Gravatá, do escritor Djalma de Melo Carvalho, em 13/7/2005. Câmara Municipal de Santana do Ipanema

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