CERTOS DOMINGOS

Crônicas

Lúcia Nobre

Av. Paulista - São Paulo - SP (Foto: UOL Notícias)

Gostamos muito de passear na Av. Paulista aos domingos, quando estamos lá, claro. Everaldo, Kassia, Vicente e eu. São muitas as opções de diversão. As ruas são fechadas para os carros. As pessoas andam livremente, e por que não dizer, felizes. Ali, cada um exibe sua peculiaridade. Vestem-se, penteiam-se, usam acessórios de acordo com o gosto de cada um. Parece que aproveitam aquele dia para serem o que na realidade são. Porque durante a semana, estão no trabalho e o comportamento é o formal. No domingo, os artistas mostram sua arte. Músicos e cantores, muitas vezes individualmente, refletem as expressões de sua terra, a maioria nordestinos. Temos de tudo, as músicas de Luiz Gonzaga predominam, os ventríloquos relembrando também a infância dos sertanejos e outras manifestações, certamente nordestinas. Digo que a excentricidade do que acontece, para os nordestinos é lembrar dos seus artistas, do seu povo e principalmente de sua infância. A beleza não está só no que vivemos, creio que cada pessoa que está naquela rua, vê de maneira diferente. Cada um, viveu sua peculiaridade, no entanto, a emoção é para todos à sua maneira. E tenho certeza que sim, porque do contrário, a rua não seria tão agradável aos domingos em uma cidade tão grande e lotada de pessoas que trabalham durante a semana.
Já que estávamos em São Paulo, por que não visitarmos o MASP o Museu de Artes de São Paulo Assis Chateaubriand, na Av. Paulista. Fundado em 1947, tornando-se o primeiro museu moderno no país. Hoje, a coleção do MASP reúne mais de 8 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias e vestiário de diversos períodos, abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas. Além da exposição permanente de seu acervo, realiza exposições temporárias, cursos, palestras, apresentações de música, dança e teatro. Bom, não estou fazendo propaganda do MASP, falo de eventos culturais que nos alimenta culturalmente. É muito bom conhecer os lugares que nos fazem viver o presente, lembrando o passado do nosso povo brasileiro. O bom também é tomar um gostoso café no Starbucks para nos despedirmos dos deleites do domingo. Depois voltar para o meu Nordeste querido, de onde só sairei por alguns dias. O melhor mesmo é estar com familiares e conterrâneos.

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