Jorge de Lima
Vai ao passado
Diz o presente
Teme o futuro.
Fatos cruéis danificam
Nosso povo fortemente.
Vidas tristes, condenadas
Gente inocente
Amarga sem saída
Normas, rejeições, rebocadas.
Jorge de Lima sensível
Às injustiças praticadas
Aos nossos ancestrais.
Aos índios perdidos e nus
Aos negros amarrados
Abandonados, longe do lar.
Escravos condenados
Carregados por carrascos,
Fortemente amarrados.
Defende o índio que diz:
“Comer, nós não comemos
Nenhum bispo, o branco mente
Muito, o corrompido”.
Índio nu e sem terra
Negro escravo e sofrido.
Negro escravo do senhor
Negra escrava da senhora
Ó Fulo! Ó Fulô
Vem me ajudar ó Fulô
Vem me contar uma história.
Ironia do destino?
O homem acendia lampião.
Fazia a cidade clarear.
Quem sabe em sua choupana
A luz não chegasse lá.
Comentários