ADEFOL (Associação dos deficientes físicos olhodaguenses) criada há mais de uma década nesta cidade, por inspiração do saudoso deputado federal Gerônimo Siqueira, que deixou em Alagoas uma larga folha de bons serviços prestados, notadamente, no campo da deficiencia física, tendo implantado nesta cidade um núcleo, que em tempo áureos, desempenhou relevantes serviços aos deficientes da região. Haja vista na gestão do então prefeito Humberto dos Anjos, a entidade ganhou até séde própria onde funciona até hoje.
Porém esse órgão passou por um grande esquecimento, gerada talvez, pela falta de apoio das autoridades, ou mesmo uma diretoria mais autêntica e atuante, contribuindo para a sua decadência, diante de tantos serviçios prestados a comunidade. Ocorre, porém, que uma nova diretoria foi montada, visando a reativação da ADEFOL. tendo a frente o cidadão Claudevan, a professora Rosinha e este modesto cronista, juntos a sociedade, resolveram impulsinonar essa entidade que conta com um número expressivo de participantes, os chamados "especiais", que durante dois dias participaram de encontros, sendo um dia na sede e o outro na AABB. da cidade, juntamente com os familiares num dia de lazer. Na ocasião tivemos a presença marcante do Dr. e Prof°. Edimilsom Sá, cadeirante, jovem inteligente, que na sua cidade, Palmeira dos Índios, exerce a função de diretor do Colégio Estadual Humberto Mendes, além de exímio professor de História. Professor Edimilsom encantou a todos presentes, com sua sabedoria e sua voz eloquente num belo discurso, dando verdadeiro testemunho de que, uma vida numa cadeira de rodas, não se restringe somente aquele ambiente, mas a todos os lugares, haja vista ser aquele jovem, ex-atleta de natação da ADEFAL., e em sendo conciente de sua condição física, criou em sua cidade, a ADEFIPI, (Associação dos deficentes físicos de Palmeira dos Índios), que congrega grande parte dos deficientes físicos daquela região, prestando a devida assistência aos associados. É, pois, professor Edimilsom, um rapaz inteligente e feliz da vida, sente-se isso no seu testemunho de vida, sua alegria contagiente que passou a todos.
O portador de cuidados especiais passa a viver melhor, quando se concientiza de seu problema, que não é um mal, mas uma condição de vida. Uma vez reativada a ADEFOL, o que já começa a aumentar o número de participantes, porém é lamentável que muitos ainda existam, escondidos nos quartos das residências pelas próprias famílias, que se envergonham de seu deficente, contudo, não se envergonha de ir todo mês ao banco, para receber sua pensão, e que, muitas vezes, constitui-se até arrimo de família. ADEFOL., quer trazer para a sociedade os "especiais" que vivem na exclusão, fazendo jús ao princípio que diz: "deficente sim, mas diferente não". O deficiente não precisa de piedade, mas de oportunidade, de respeito, onde ele possa exercer sua cidadania honestamente, como cidadão ou cidadã que é. Que haja uma política mais direcionada para este campo, onde todos sejam vistos como pessoas capazes de ser últil dentro da sociedade, exercendo suas funções e profissões condígnas, que a vida possa lhes proporcionar, isto sim, é o mínimo que se pode fazer por aqueles que se sente ou são mesmo marginalizados.
Os governantes, as pessoas enfim, toda sociedade devem se engajar nesse processo de levar aos portadores de doenças especiais a parcela de sua colaboração, conciente de seu dever de cidadão, porque juntos podemos fazer muito mais, por aqueles que têm tão pouco, em vista de Deus ter nos colocado no mundo para servir. Portando, nesta nova arrancada da ADEFOL., não pode mais parar, vamos todos reestruturá-la, propiciando a seus associados, lazer, escola, trabalho e integração na sociedade, onde todos tenham o direito a tudo.
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