QUE BELA É A SUÉCIA

Manoel Augusto

DIÁRIO DE UM CAIPIRA PELAS RUAS DE PARIS

Ensaio XXI - Suécia
Continuando o giro pela Escandinávia, após 2 dias em Oslo, seguimos de carro para Estocolmo, curtindo as belezas do interior da Suécia. Inicialmente fizemos escala em Kongsvinger (Noruega), em seguida Chorlottemberg, Arvicatt, Orebro, Hallsberg e finalmente Stockholm. Chegamos num domingo, início da tarde, deixamos o carro na garagem do hotel e fomos conhecer o centro da cidade, o Palácio Real, a Academia de Ciências e o porto – área de concentração turística. Muita gente bonita passeando, muitos jovens, quase todos “louros e louras de olhos azuis”, se fosse noutro lugar poderíamos dizer: parecem suecos! À noite fomos conhecer o Centro Histórico, as lojas de souvenir e os bares repletos de turistas, um belo passeio ao luar e ao som de músicas escandinavas.
A Suécia é a terra natal de Alfred Nobel, químico e industrial, inventor da dinamite. Nobel deixou para a humanidade, além das suas descobertas, um prêmio anual aos defensores da paz, aos escritores mais destacados e aos cientistas renomados, o conhecido e almejado “prêmio Nobel”. A Suécia ou Konungariket Sverige, Reino da Suécia, situado na Escandinávia, é uma monarquia parlamentarista cujo monarca Carlos Gustavo XVI é casado com a rainha Sílvia, nascida na Alemanha em 1943, filha de pai alemão e mãe brasileira. A rainha Sílvia viveu em São Paulo de 1947 a 1957. Com o retorno de sua família à Alemanha, ela veio a conhecer o herdeiro do Reino da Suécia em 1972 por ocasião dos Jogos Olímpicos, quando trabalhava na condição de intérprete. Ela fala fluentemente 6 idiomas – sueco, alemão, francês, espanhol, inglês e português. Na condição de rainha já esteve algumas vezes no Brasil, ressaltando sempre grande simpatia pelo nosso País.
Segundo alguns historiadores a história da Suécia deve ser contada a partir da Idade da Pedra. No final da última glaciação, com a recuada do gelo na Península Escandinava, caçadores e pescadores (chamados de coletores de frutos do mar) começaram a ocupar a região. Outros consideram a Idade do Bronze (cerca de 4.000 anos a.C.) como o período inicial da ocupação. Todavia, outros registros históricos reportam-se ao período entre 800 e 1060 da Era Cristã, quando os Vikings suecos fundaram o principado de Novgorod. Na segunda metade do século XII os suecos do Norte uniram-se aos Goths que habitavam o Sul e converteram-se ao Cristianismo. De 1397 à 1520 a dinastia Danish manteve unidas Suécia, Noruega e Dinamarca, e também a Finlândia, que pertencia à Suécia e passaria a pertencer à Rússia durante as guerras napoleônicas. A Finlândia se tornou Grão Ducado autônomo dentro do Império Russo e em 1917 se declarou independente, seguindo-se uma guerra civil e guerras contra a Rússia e Alemanha nazista, consolidando-se afinal como República da Finlândia.
Mas, voltando à Suécia, este país de 1° mundo, que domina altas tecnologias, com um IDH de 0,916 e menos de 1% de analfabetos, possui uma indústria altamente desenvolvida, notadamente na produção de equipamentos de transportes rodoviários, bem como nos setores da siderurgia, da eletrônica, da química, da telefonia, da alimentação e da indústria naval e aeronáutica.
Habitam os 450.000 km2 da Suécia, cerca de 9.100.000 habitantes, de maioria cristã (cerca de 89%), com um PIB superior a USS 355 bilhões e uma renda per-capita da ordem de USS 40.000. A Suécia é um país tranquilo com baixo índice de violência.
Surpreendeu as nossas expectativas e curiosidades o povo educado, comunicativo e também curioso em relação à América do Sul e ao Brasil. Saindo para Copenhague, na Dinamarca, nossa última escala na Escandinávia, passamos por Linköping para conhecer o complexo aeronáutico onde são fabricados os aviões Gripen, que concorrem juntamente com os americanos, franceses e russos, no plano de modernização e armamento da Força Aérea Brasileira.
Estocolmo, a capital, é a cidade mais populosa da Suécia, com 1.300.000 habitantes e cerca de 2 milhões na região metropolitana. Seguem-se Gotemburgo com 550.000 habitantes, Mallmö com 300.000, Uppsala com 140.000 e Linköping com cerca de 110.000 habitantes.
Surpreendeu-nos também o clima sueco, pareceu-nos a primavera no Sertão brasileiro, todos nas ruas de manga de camisa. Na verdade, o clima é bem variável (de - 4 à + 30°C em determinados períodos de verão), temperado na maior parte do país, com quatro estações bem definidas e temperaturas amenas durante todo o ano, clima oceânico no sul, continental úmido na região central e sub-ártico no norte. Outra particularidade é a duração dos dias no verão em Estocolmo, cerca de 18 horas em junho e de apenas 6 horas no mês de dezembro.
A Suécia é esse país da Escandinávia que parece tão distante de nós brasileiros e, ao mesmo tempo, muito próximo dos nossos sentimentos de torcedores da nossa seleção de futebol. Afinal, foi na Suécia em 1958 que o futebol brasileiro renasceu para o mundo depois de 2 fracassos (1950 e 1954), jogando com a própria Suécia, a Seleção brasileira conquistou a sua primeira Copa do Mundo!!! Com o ouvido colado ao rádio, com todo chiado das ondas curtas, o Brasil vibrou de Norte a Sul, até nos longínquos lugarejos no alto Sertão, a alegria contagiou a todos e o Brasil virou naquele dia um grande palco de carnaval.
Maas

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