A alcunha, cognome ou simplesmente apelido são termos que se adiciona, ou mesmo substituem, ao nome, com a função de demonstrar carinho e apreço, prestar méritos ou ainda pode ser depreciativo, se atentar contra uma particularidade física ou moral de uma pessoa. Tão amplamente usado que sua utilização data de muito antes da era cristã.
Alexandre “O Grande”! Hoje sabemos que está faltando mais uma palavra ali. Calígula (a alpercatinha!). O próprio Jesus substituiria o nome de seus apóstolos por apelidos: Simão virou Pedro, Saulo virou Paulo. A tradição permanece até hoje no nome dos papas, frades e etc. Fernando virou Santo Antonio; Carol Voitila João Paulo II.
O homem mais famoso do mundo tem apelido e é brasileiro: Pelé. Nos anos setenta a revista Renovação Cristã publicou uma matéria interessante sobre a força da letra “E”, em um determinado ano daquela década tínhamos os seguintes destaques: Edson Arantes do Nascimento, no futebol; Ester Bueno, no Tênis; Emerson Fitipaldi, na fórmula um e Emílio Garrastazu Médici na presidência do país. Era um governo militar mas nem por isso escapou do apelido: “Garrafa Azul”. Presidente com apelido não é privilégio do Brasil de hoje.
Tantas figuras apelidadas tornaram destaque nos últimos tempos: Na política, no esporte, nas artes: Lula, “Mão Santa”, Téo, Dunga, Adriano “Imperador”, Zezé de Camargo. No mundo do crime: Fernandinho “Beira Mar”, Elias“Maluco”, Marcos“Capeta”.
O poeta e advogado santanense Cláudio Vieira, cunhado de Capiá de Seu Zeca, catalogou e tem guardado material inédito, com apelidos de santanenses de todos os tempos, com ênfase pra o período da sua juventude. Na sua lista com certeza consta o apelido de Alberto, o popular Benga, filho da saudosa Maria Ouríves da praça do Monumento.
Benga certa ocasião espalhou que tinha mudado de apelido, se alguém quisesse tirá-lo do sério, bastaria levantar os braços em sua frente. O boato pegou e quando um moleque inventava de “gesticular” tal apelido, levava tamanho peteleco (malacada) na caixa dos peitos. Tão forte, mas tão forte que ficava o hematoma por vários dias.
Fabio Campos 02/08/2010 É professor em S. do Ipanema – AL.
Contato: fabiosoacam@yahoo.com
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