QUINGENTÉSIMA CRÔNICA

Clerisvaldo B. Chagas

QUINGENTÉSIMA CRÔNICA
(Clerisvaldo B. Chagas, 21 de janeiro de 2011)

Nem sei se estou feliz com essa crônica de número 500. Nunca tive vontade de ser cronista nem historiador. Sou de águas mais profundas, sou do romance, o gênero literário mais complexo e completo da Literatura. Gosto sim, de ser chamado romancista sobre qualquer outro título. Como não surgiu ninguém para escrever a história do município, resolvi prestar esse inestimável serviço, com o maior documentário jamais visto em Santana. Cidade sem história é cidade sem identidade. Tenho ainda um livro completo sobre o rio Ipanema, paradidático que complementará a história do município. Pensem na novela em que estou metido para a publicação desses dois livros em primeiro lugar. Somente quando “desovar” os pestes, é que partirei para as tentações de uma editora de Tocantins para publicar os dois próximos romances do ciclo do cangaço: “Deuses de Mandacaru” e “Fazenda Lajeado”, juntamente com a poesia selvagem de “Colibris do Camoxinga”. Penso publicar uma pequena quantidade de cada um, porém, os três de uma vez só. “Deuses de Mandacaru” é um romance de aventura que acontece de Maceió a Piranhas. “Fazenda Lajeado”, é todo o resgate de como se constrói uma fazenda, detalhadamente, entre amor, cangaceiros, política, coronelismo, sexo e emboscadas. A meta, depois, é transformar meus romances em seriados ou filmes. “Colibris do Camoxinga” são poesias selvagens reunidas dos mais diferentes gêneros, para justificar o título de poeta. E para encerrar o meu ciclo romanesco do cangaço, iniciei o quinto romance para resgatar a figura do rastejador, importante personagem da época no meio rural. A história se passa na década de trinta com o auge sendo a hecatombe de Angicos. Escreverei outro romance? Só Deus sabe. Se acontecer, deverá ser um tema urbano sério, de profunda desigualdade social.
A primeira crônica publicada na Internet foi “Comendo Boi, Comendo Onça” que trata dos vícios das épocas eleitorais. Vou escrevendo diariamente, das segundas as sextas, para o meu próprio blog (clerisvaldobchagas.blogspot.com) e para os sites (santanaoxente.net/) com ligação direta do blog e (maltanet.com.br/). Fui o único escritor da segunda fase que ficou em Santana; o único de dentro ou de fora a criticar erros e apontar soluções e o que em todas as suas obras fala sobre a sua terra elevando-a a quanto pode ser elevada através das letras, Por isso tem razão quem diz que eu sou o mais importante escritor para Santana do Ipanema. Desprezo os famosos que raras vezes ou nunca vieram a terra. Os letrados que nunca a defenderam; os que só escrevem pão com mel traindo o dom que Deus lhes enviou. Mesmo assim não lhes faltam homenagens, inclusive com nomes de logradouros públicos, num desenterrar de mortos que faz gosto. Vou cumprindo o papel que Deus me deu, embora sem reconhecimento das “otoridades”, sem “papé”, sem “omenage”, sem “medaia”, mas baseado nos grandes como Adelberon: “Ninguém se surpreenda, pois, se Clerisvaldo se tornar um dos maiores romancistas do país”. Chegar ao cimo de 500 crônicas escritas diariamente, não é tarefa para qualquer um. Mas a decisão de continuar esses escritos, o leitor amigo só saberá na segunda-feira no blog do autor ou nos principais sites de Santana. Tirando a Praça Frei Damião, de ontem, cabra velho, conto com você para comemorarmos hoje a QUINGENTÉSIMA CRÔNICA?

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