SAUDADE, MEU REMÉMEDIO É CONTAR
Antonio Machado
Apropriando-se de um verso do famoso Gonzagão, o cidadão e ex-bancário do Banco do Brasil, Luiz Antônio de Farias, mais conhecido pelo cognome de Capiá, escreveu um livro com este nome; Saudade, o meu Remédio é Contar, e enfeixou num compêndio de 216 páginas um punhado de crônicas, dentro de um passeio primoroso de sua infância e até os arrabaldes da vida profissional. Inteligência privilegiada soube muito bem, Capiá, descrever com proficiência fatos e relatos que a vida lhe proporcionou dentro de seus bem vividos sessenta e cinco anos de existência. Crônicas estas, que muitas vezes, tornaram-se retalhos de sua própria alma, mas o autor não rugiu à regra, as relatou com hombridade e sabedoria.
Foi deveras, uma noite concorrida a de autógrafos, quando do lançamento da citada obra, que teve lugar, semana passada, nas dependências da AABB, de Santana do Ipanema, sua terra natal. Os amigos em massa afluÃram para prestigiar e o novo cronista santanense, haja vista ser essa obra, seu primeiro livro. Ocorre, porém, que na mesma data foi lançada a obra À sombra da Quixabeira, do portal da Maltanet; assunto este que já contei noutra ocasião. Foram dois eventos de monta além de real importância para a sociedade, pois foi também, um dia em que muitos santanenses, que vivem fora, visitarem a cidade, encontro este que é realizado dentro dos festejos alusivos a padroeira da cidade, isto todos os anos. Foi festa para não acabar mais. É um dia de grandes recordações para os filhos de Santana do Ipanema, o reencontro para recordarem suas histórias vividas, hoje tão distanciadas de cada um, face os encontros e desencontros da vida.
Agora inserido como cronista, a exemplo de seus comunÃcipes, Dejlama de Melo Carvalho, o saudoso Oscar Silva, Clerisvaldo B; Chagas além de outros que pontiricam na Literatura, Capiá estava feliz da vida entonando numa indumentária que lhe é tão peculiar, com um chapéu de couro enterrado na cabeça, dando-lhe um tipo bonachão, constituiu-se hoje uma figura lendária e folclórica de sua cidade, sentado a uma mesa, à parte, orgulhosamente, ortografara seu livro para os presentes, aquela noite, certamente, tornou-se para Capiá, um dos momentos mais inesquecÃveis de sua vida, pois os anos jamais apagarão de sua memória aquele evento tão singular. As orelhas do livro de Capiá coube ao maior cronista santanense, Djalma de Melo Carvalho, que infelizmente, não pode estar presente, que também assinou o prefacio, enquanto que a apresentação foi feita pelo próprio autor do livro, que muito emocionado discurso se disse satisfeito por aquela recepção também a sua pessoa, e em suas poucas palavras e nos entremeados da obra, percebe-se que, outras virão, dada sua facilidade de lidar com as palavras ao escrever crônicas,pois talento não lhe falta.
Pode o autor, tender muito rara o romance, e investir nesse campo literário, pois ele deixa transparecer nas entrelinhas de seus escritores essa vocação, e Capiá saà escrevendo e contando seus feitos e fatos ocorridos em sua vida, com gracejos e alegria, mormente quando a saudade lhe bate no peito, e ele canta Santana de meus amores e seu poeta maior, Remy Bastos, porque, saudade, meu remédio é contar...
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