A arte de escrever está inserida no individuo desde seu nascimento, em alguns, revela-se cedo, noutros, às vezes, já na senectude, a escola não faz escritor, mas descobre o escritor e o molda na gramática, e ai, o talento vai emergindo e o escritor se revelando com seus escritos. Colly Flores escreveu: “Bonito não é o que escreve, mas o que se escreve”. É na montagem dos textos literários, que o livro vai se compilando, como protótipo da obra, e imortalizando seu autor como tão bem escreveu Pitágoras: “o homem é mortal por seus temores e imortal por seus escritos”. Ainda com os lampejos da juventude o Dr. Virgilio Agra, filho da lendária Santana do Ipanema, oriundo das terras sertanejas, lançou recentemente um livro intitulado Saudações Caetés. Mesmo nascido em Santana do Ipanema o escritor emigrou muito cedo para outras plagas em busca de uma boa formação, mas mesmo nesse curto espaço de tempo, em seu torrão natal, fora-lhe suficiente para armazenar em sua prodigiosa memória os causos, casos e histórias que viu e vivenciou na infância, não esperou que chegasse a madrugada da existência, para reunir tantos fatos bonitos, e jocosos, para enfeixar num belo livro, e numa brilhante noite de autógrafos, por meio da Academia Santananse de Letras e seu presidente, José Malta Neto além portal Maltanet, a obra veio a lume, numa concorrida festa literária onde seus amigos, colegas do Centro Cultural do Sertão, no qual Dr. Virgilio Agra é vice Presidente, além de outros membros de sodalícios, se fizeram presentes para homenagear o jovem escritor que transbordava de alegria ao lado de sua esposa Eliane, sua musa inspiradora, que abraçavam a todos, tornando aquela noite inesquecível na história literária da sua vida.
O livro Saudações Caetés do escritos Virgilio Agra, é deveras surpreendente, reúne praticamente duzentas paginas, de boas e excelentes crônicas, espécies de cartas, que o autor ia escrevendo por suas andanças entre Recife e Rio de Janeiro, escritas num português correto numa linguagem coloquial. A obra começa pequena e vai crescendo em seu desenrolar, que do meio para o fim aumenta desmedidamente, mas para o leitor saborear dessa dimensão, carece da pertinácia de não desistir, o presidente Fernando Collor escreveu: “Quem não vira a pagina, não leu o livro todo”. Assim é, pois, caro leitor, Saudações Caetés, de Dr. Virgilio Agra, escrito por um mestre das letras e de talento, que carece ser lido por cada santanense que se preze e alhures. Dr. Virgilio possui a verve de um Dr. Tobias Medeiros de quem também herdou o dote literário, do também homem das letras, o cronista telúrico Dr. Djalma de Melo Carvalho, a imortal Lucia Nobre, que possui a meiguice e a sensibilidade no escrever, de Clarice Lispector, e recentemente o decano Bartolomeu Barros. E dos artífices do passado Tadeu Rocha, Oscar Silva, Breno Acioli, Floro e Major Darci, que souberam escrever momentos agradáveis, mormente para aqueles que amam as letras. Emerson escrever máxima: “É uma prova de alta cultura dizer as coisas mais profundas de um modo simples”. E você, cara escritos Dr. Virgilio Agra, possui essa habilidade, dizer muito no pouco que escreve, para dizer mais. Certamente outros livros a de virão de sua inteligência, haja vista, talento não lhe faltar.
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